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Rússia e China defendem cessar-fogo imediato na Líbia

Em entrevista coletiva em Moscou, ministros defenderam uma saída pacífica para o conflito

Na Líbia, se intensificaram os combates das tropas de Muammar Kadafi contra a coalizão internacional e os rebeldes (Getty Images)

Na Líbia, se intensificaram os combates das tropas de Muammar Kadafi contra a coalizão internacional e os rebeldes (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 21h21.

Moscou - Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e da China, Yang Jiechi, defenderam nesta sexta-feira um cessar-fogo imediato na Líbia, em entrevista coletiva em Moscou ao término de seu encontro.

"Todos os esforços devem buscar uma via pacífica, e não apoiar uma das partes do que é, na realidade, um conflito armado interno, ou seja, uma guerra civil", disse o chefe da diplomacia russa.

No mesmo sentido se pronunciou o titular das Relações Exteriores chinês, que reiterou a postura de Pequim sobre a necessidade de um cessar-fogo para "evitar uma catástrofe humana até maior", assim como a de respeitar a liberdade dos países para escolher suas próprias vias de desenvolvimento.

Questionado sobre qual será a posição da Rússia diante da proposta de uma operação militar terrestre na Líbia, Lavrov respondeu que a resolução 1.973 do Conselho de Segurança exclui claramente essa possibilidade.

"Esta é a postura da Federação Russa e se mantém absolutamente invariável", enfatizou.

O ministro russo criticou o Grupo de Contato sobre a Líbia, que, segundo ele, "busca assumir cada vez mais um papel preponderante na definição da política da comunidade mundial perante a Líbia".

"Partimos do pressuposto que o grupo de contato informal é integrado por Estados responsáveis que ratificaram a Carta da ONU e que têm a obrigação de respeitar as prerrogativas do Conselho de Segurança", ressaltou Lavrov.

O Grupo de Contato para a Líbia foi criado por 40 países e organizações internacionais para coordenar os esforços de apoio à Líbia junto com a ONU, a União Africana, a Liga Árabe, a Organização da Conferência Islâmica e a União Europeia.

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