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Rússia diz ter eliminado maior parte das forças que participaram na ofensiva de Kursk

Região russa foi ocupada pela Ucrânia em agosto de 2023

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 10h27.

Última atualização em 6 de janeiro de 2025 às 10h30.

As Forças Armadas da Rússia eliminaram a maior parte das tropas ucranianas que participaram de uma ofensiva lançada ontem na região russa de Kursk, parcialmente ocupada desde agosto do ano passado, segundo informou o Ministério da Defesa russo nesta segunda-feira, 5, em seu relatório diário de guerra.

"As ações decididas do grupo militar Sever (Norte) com o apoio da aviação e da artilharia abortaram a tentativa de ofensiva do Exército ucraniano. O grosso das forças inimigas foi aniquilado nas proximidades de Khutor Berdin", disse o comando russo no Telegram.

O Ministério da Defesa russo afirmou que os militares ucranianos lançaram um "contra-ataque na direção da vila de Bolshoye Soldatskoe", mas perderam "mais de 150 soldados, quatro tanques, dois veículos de combate de infantaria, 16 veículos blindados e um veículo de infantaria".

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Segundo o blogueiro militar russo Yuri Podoliaka, as forças ucranianas que participam da ofensiva podem se ver ameaçadas pela retaguarda, pois enquanto tentava avançar na direção de Khutor Berdin, o Exército russo recapturou parcialmente a cidade de Russki Porechni, nas costas da guarda avançada ucraniana.

Outros blogueiros russos, que relatam avanços militares russos em Cherchasaya Konopelka, ao sul de Sudzha, a principal cidade ocupada pela Ucrânia, postaram uma série de vídeos nos últimos dois dias de ataques de drones russos a veículos de combate ucranianos em Kursk.

No domingo, as autoridades de Kiev anunciaram que lançaram uma nova ofensiva a partir de várias direções na região russa de Kursk.

De acordo com o americano Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), os militares ucranianos obtiveram sucessos táticos em três distritos de Kursk.

Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chegou a escrever em sua conta no Telegram: "Kursk, boas notícias, a Rússia está recebendo o que merece."

Por sua vez, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, deu hoje seu respaldo às ações da Ucrânia em Kursk, dizendo que "será um fator em quaisquer negociações que possam surgir no ano que vem", em declarações a repórteres em Seul.

Na sua incursão em agosto do ano passado na região russa, as forças ucranianas conseguiram tomar o controle de cerca de 1.100 quilómetros quadrados de território, embora tenham perdido desde então mais de metade das terras ocupadas, de acordo com uma análise recentemente publicada pelo portal de informação militar “Militarnyi”.

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