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Rússia diz que acusações dos EUA são infundadas

Segundo os EUA, Moscou violou um tratado de armas nucleares assinado em 1988

Navios de guerra da Rússia durante ensaio de um desfile naval em Sevastopol, na Criméia (Reuters)

Navios de guerra da Rússia durante ensaio de um desfile naval em Sevastopol, na Criméia (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 16h51.

Moscou - A Rússia rejeitou nesta quarta-feira como “infundadas” as acusações de Washington de que violou o Tratado de Armas Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês), e disse ter suas próprias queixas contra os Estados Unidos a respeito do tratado.

“Acumulamos uma série de queixas contra os EUA no contexto do Tratado de Armas Nucleares de Alcance Intermediário. Isso inclui...a produção por norte-americanos de drones (aviões não-tripulados) armados, que ... entram na categoria de mísseis de cruzeiro terrestres, como definido no Tratado”, declarou o Ministério das Relações Exteriores russo em comunicado.

O ministério reagia às alegações de Washington de que Moscou infringiu o acordo de 1988.

A troca de acusações aconteceu em meio ao pior racha entre o Oriente e Ocidente desde o final da Guerra Fria, em consequência do papel russo na crise da Ucrânia e das sanções de EUA e União Europeia contra Moscou.

O tratado foi concebido para eliminar mísseis de cruzeiro terrestres com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros. Os EUA solicitaram conversas de alto escalão, mas o Ministério das Relações Exteriores russo disse nesta quarta-feira que os problemas sobre o tratado deveriam ser resolvidos “nos termos vigentes”.

Ainda nesta quarta-feira, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmou que os EUA informaram os embaixadores dos 27 outros países da organização sobre a convicção de que a Rússia está violando suas obrigações com o tratado.

"A Rússia deveria trabalhar de maneira construtiva para solucionar esta questão crítica do tratado e preservar a viabilidade do INF voltando ao seu pleno cumprimento de maneira verificável”, disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, em um comunicado.

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