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Rússia descarta nova 'Guerra Fria' com Estados Unidos

Segundo o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, os dois países não são inimigos e não há motivos para uma nova corrida armamentista

Serguei Lavrov, chanceler russo: 'o confronto não é a nossa opção e não acho que os políticos razoáveis dos EUA queiram o confronto' (Farouk Batiche/AFP)

Serguei Lavrov, chanceler russo: 'o confronto não é a nossa opção e não acho que os políticos razoáveis dos EUA queiram o confronto' (Farouk Batiche/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 09h03.

Moscou - A Rússia e os Estados Unidos não são inimigos e não há motivos para uma nova corrida armamentista ou 'Guerra Fria', garantiu nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

'Não acho que exista fundamentos para dizer que estamos à beira de uma corrida armamentista ou Guerra Fria. A Guerra Fria terminou há muito tempo. Não estamos em confronto. O confronto não é a nossa opção e não acho que os políticos razoáveis dos EUA queiram o confronto', disse Lavrov em entrevista coletiva.

O ministro das Relações Exteriores lembrou as medidas de caráter diplomático que a Rússia irá tomar em resposta à instalação de um escudo antimíssil americano em território europeu, anunciadas pelo presidente russo, Dmitri Medvedev.

Medvedev ameaçou em 24 de novembro, instalar no sul e no oeste da Rússia sistemas de armamento de ataque modernos que estejam à disposição para garantir a destruição do sistema europeu de sistema antimísseis.

Além disso, o chefe do Kremlin anunciou a instalação de um radar de alerta sobre ataques com foguete na região báltica de Kaliningrado.

'A lógica de nossa postura é simples e compreensível. Se nas imediações de nossas fronteiras existe armamento capaz de quebrar o equilíbrio estratégico e, portanto, de reduzir nossa segurança, responderemos com medidas para impedir essa diminuição', declarou Lavrov.

O ministro russo ressaltou que Washington é consciente do risco que seus planos representam para o potencial nuclear da Rússia.

'Em nossas conversas com os colegas americanos fica claro que eles não descartam que sua defesa antimíssil terá características capazes de criar riscos ao nosso potencial nuclear', afirmou. 

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