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Rússia descarta mais reduções de seu arsenal nuclear

A justificativa é garantir a segurança do país no atual momento histórico

Usina nuclear na Rússia: o país se reserva ao direito de um ataque nuclear em caso de agressão exterior com armas atômicas ou convencionais (Kirill Fedchenko/Wikimedia Commons)

Usina nuclear na Rússia: o país se reserva ao direito de um ataque nuclear em caso de agressão exterior com armas atômicas ou convencionais (Kirill Fedchenko/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 08h47.

Moscou - A Rússia considera que, por seus fatores desestabilizadores, o atual momento histórico não permite mais reduções de seu arsenal nuclear, anunciou nesta terça-feira o Ministério da Defesa russo.

'Ao se manterem os fatores de instabilidade, em um futuro previsível a Rússia manterá seu potencial nuclear em quantidade e qualidade suficientes para garantir sua segurança', afirmou o responsável da Segurança Nuclear da pasta, Yuri Sich, citado pela agência 'Interfax'.

A Rússia promoverá 'reduções de maior alcance e limitações da potência nuclear' apenas após avaliar 'todos os fatores que influem na segurança estratégica e afetam os interesses da segurança nacional' do país, apontou o oficial russo.

'A Rússia segue a favor do processo de desarmamento nuclear no mundo com o objetivo final da destruição total do armamento nuclear, mas cumprindo o princípio da mesma segurança para todos', detalhou Sich.

Segundo a doutrina militar aprovada há dois anos pelo presidente russo, Dmitri Medvedev, a Rússia se reserva ao direito de um ataque nuclear em caso de agressão exterior com armas atômicas ou convencionais.

Entre os principais perigos militares exteriores identificados pela doutrina russa estão a ampliação da Otan em direção às fronteiras da Federação Russa e o escudo antimísseis dos Estados Unidos, um assunto que continua opondo os dois países. 

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