In this pool photograph distributed by the Russian state agency Sputnik, Russian President Vladimir Putin (L) shakes hands with North Korea's leader Kim Jong Un (R) after a signing ceremony following their bilateral talks at Kumsusan state residence in Pyongyang, on June 19, 2024. (Photo by Kristina Kormilitsyna / POOL / AFP) / -- Editor's note : this image is distributed by the Russian state owned agency Sputnik - (Kristina Kormilitsyna/POOL/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 15 de outubro de 2024 às 12h44.
Última atualização em 15 de outubro de 2024 às 12h48.
A Rússia denunciou nesta terça-feira, 15, as recentes provocações da Coreia do Sul e lembrou que o acordo assinado com a Coreia do Norte prevê assistência militar mútua em caso de agressão.
“Consideramos que as recentes ações provocativas da Coreia do Sul estão prejudicando seriamente a estabilidade na península e levando a uma escalada de tensão”, declarou o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Andrey Rudenko, segundo a agência "TASS".
O diplomata, que fez a declaração durante visita ao Irã, enfatizou que há “um cenário muito perigoso”, razão pela qual considerou que “é hora de parar”.
Moscou, que forjou uma aliança estratégica com o regime norte-coreano nos últimos dois anos, pediu a Seul, recentemente, que levasse “muito a sério as advertências de Pyongyang”.
Em 11 de outubro, a Coreia do Norte alegou que a Coreia do Sul havia enviado drones com folhetos de propaganda contra o regime para espalhar sobre a capital Pyongyang pelo menos três vezes na última semana.
O Exército da Coreia do Sul disparou nesta terça-feira tiros ao sul da fronteira com a Coreia do Norte em resposta às detonações usadas por esse país para destruir trechos de estradas em seu território que ligam as duas nações.
Referindo-se ao Acordo de Parceria Estratégica Abrangente assinado em junho por Moscou e Pyongyang, Rudenko afirmou que “se um ato de agressão for cometido contra a Coreia do Norte, de acordo com sua legislação e a da Coreia do Norte, as medidas necessárias serão tomadas”.
O Kremlin defendeu a ratificação do acordo, que inclui uma cláusula sobre assistência mútua em caso de agressão, logo após a Ucrânia alegar que soldados norte-coreanos estão lutando na linha de frente do conflito que mantém com a Rússia.
“O mais importante é que esse acordo implica, de fato, uma profunda cooperação estratégica em todos os setores, inclusive na garantia da segurança”, disse o porta-voz da presidência, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva.
Peskov respondeu a uma pergunta sobre a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, na noite anterior, de encaminhar o acordo à Duma para ratificação.
Putin e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, assinaram o acordo em junho, durante a primeira visita do presidente russo a Pyongyang em quase um quarto de século.
O documento, que criou preocupações em Coreia do Sul e Estados Unidos, prevê “assistência no caso de um dos dois países ser atacado”, explicou Putin na época.
O regime norte-coreano também declarou na ocasião que a cláusula de assistência militar com a Rússia está em conformidade com o direito internacional, a carta fundadora das Nações Unidas e a legislação de ambos os países.