Hackers: em outubro, o governo de EUA acusou oficialmente a Rússia de ciberataques (Getty Images)
EFE
Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 09h02.
Moscou - O Serviço Federal de Segurança (FSB, antiga KGB) da Rússia denunciou nesta sexta-feira que serviços secretos estrangeiros estão preparando ciberataques a partir do próximo dia 5 com o objetivo de desestabilizar o sistema financeiro do país.
"Se estabeleceu que os servidores e os centros de comando para realizar os ciberataques se encontram no território da Holanda e pertencem à companhia ucraniana BlazingFast", diz o comunicado do FSB.
A ofensiva cibernética, segundo a nota oficial, contempla o envio em massa de SMS e de publicações provocadoras nas redes sociais sobre uma "crise do sistema financeiro-creditício da Rússia, sobre quebras e a revogação de licenças de uma série de grandes bancos de nível nacional e regional".
"Essas ações estão sendo planejadas contra dezenas de cidades da Federação da Rússia", afirmou o FSB, que reiterou que adota "todas as medidas necessárias para neutralizar as ameaças à segurança econômica e cibernética do país".
Em outubro, o governo de Estados Unidos acusou oficialmente a Rússia dos ciberataques que, entre outras coisas, facilitaram a publicação de 20 mil e-mails do Comitê Nacional Democrata por parte do site "Wikileaks".
Segundo Washington, esses ataques tinham como objetivo influenciar a campanha presidencial americana.
Na França, segundo o jornal "Le Monde, as autoridades alertaram os partidos políticos para possíveis ataques cibernéticos russos durante a campanha das eleições presidenciais de 2017.
A publicação francesa informou que, no dia 26 de outubro, a Secretaria-Geral de Defesa e Segurança Nacional da França reuniu responsáveis em informática das principais legendas com representação parlamentar para notificá-los sobre esse alerta.