Mundo

Rússia denuncia bombardeio contra sua embaixada em Damasco

"Condenamos com firmeza o bombardeio criminoso da missão diplomática da Rússia em Damasco", declarou o Ministério das Relações Exteriores russo


	Damasco, na Síria: o ataque aconteceu neste domingo de manhã, e não causou vítimas, e procedia de uma zona controlada pelas milícias contrárias ao regime sírio
 (Bassam Khabieh/Reuters)

Damasco, na Síria: o ataque aconteceu neste domingo de manhã, e não causou vítimas, e procedia de uma zona controlada pelas milícias contrárias ao regime sírio (Bassam Khabieh/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 13h58.

Moscou - A Rússia denunciou nesta segunda-feira que sua embaixada em Damasco foi bombardeada ontem com fogo de morteiro procedente da zona controlada pelas forças antigovernamentais, um ataque que não deixou vítimas.

"Condenamos com firmeza o bombardeio criminoso da missão diplomática da Rússia em Damasco", declarou o Ministério das Relações Exteriores russo em comunicado.

"Esperamos um claro pronunciamento por parte da comunidade internacional sobre este ato terrorista", manifestou o departamento.

"O que é requerido não são só palavras, mas ações concretas também", acrescentou.

Segundo o texto, o ataque aconteceu neste domingo de manhã, e não causou vítimas, e procedia de uma zona controlada pelas milícias contrárias ao regime sírio de Bashar al-Assad.

O comunicado das Relações Exteriores foi divulgado pouco após uma reunião em Moscou do presidente russo, Vladimir Putin, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que abordaram a situação na Síria e a busca de um mecanismo de coordenação para evitar possíveis enfrentamentos entre suas forças em território sírio.

Durante o encontro, Netanyahu explicou que o objetivo de sua visita a Moscou é expressar sua preocupação pela situação no Oriente Médio e concretamente na Síria, depois que fontes ocidentais denunciaram uma escalada da presença militar russa no país árabe.

"Nestas condições pensei que era muito importante vir aqui para explicar nossa postura e fazer todo o possível para que não haja maus entendimentos entre nossas forças (armadas) e as suas", disse o primeiro-ministro israelense a Putin.

Netanyahu também acusou o Irã de querer formar, com ajuda da Síria, um "segunda frente" terrorista nas Colinas de Golã, território sírio controlado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias de 1967.

Além disso, o primeiro-ministro disse que "Israel fará todo o possível para evitar a abertura de uma segunda frente nas Colinas de Golã e impedir a provisão de armas ao Hezbollah", o grupo xiita libanês.

O presidente russo respondeu que "o Exército sírio e a Síria em geral estão em tal situação que não estão para abrir uma segunda frente, tomara consigam salvar seu próprio Estado", e garantiu a seu interlocutor que "todas as atuações da Rússia na região foram e serão responsáveis".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBashar al-AssadEuropaPolíticosRússiaSíria

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA