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Rússia critica proposta de resolução da ONU sobre a Síria

Canceler disse que o Ocidente deveria evitar acusações tendenciosas contra Damasco


	O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov: "Nossos parceiros ocidentais (...) propuseram que cooperemos na definição de uma resolução. As ideias que eles partilharam conosco são absolutamente tendenciosas e descoladas da realidade"
 (Andrew Harrer/Bloomberg News)

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov: "Nossos parceiros ocidentais (...) propuseram que cooperemos na definição de uma resolução. As ideias que eles partilharam conosco são absolutamente tendenciosas e descoladas da realidade" (Andrew Harrer/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 09h51.

Moscou - O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse na terça-feira que uma proposta de resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) tratando do acesso humanitário à Síria está "descolada da realidade", e que o Ocidente deveria evitar acusações tendenciosas contra Damasco.

Austrália, Luxemburgo e Jordânia apresentaram preliminarmente na semana passada uma proposta de resolução do Conselho de Segurança da ONU destinada a ampliar a ajuda à Síria. A Rússia, que tem poder de veto no Conselho, disse que a proposta é inviável.

"Nossos parceiros ocidentais no Conselho de Segurança... propuseram que cooperemos na definição de uma resolução. As ideias que eles partilharam conosco são absolutamente tendenciosas e descoladas da realidade", disse o chanceler Sergei Lavrov à agência de notícias Interfax.

Lavrov disse que o Conselho de Segurança deveria aprovar uma resolução condenando o "terrorismo" na Síria. Geralmente, o presidente sírio, Bashar al-Assad, descreve todos os seus oponentes como terroristas, e Damasco quer que o "terrorismo" seja o principal foco das negociações de paz atualmente em curso em Genebra.

A Rússia, fornecedora histórica de armas à Síria e principal aliada do governo Assad no cenário internacional, já usou em três ocasiões o seu poder de veto para barrar resoluções apoiadas pelo Ocidente que se destinavam a intensificar a pressão sobre o regime sírio, envolvido há três anos em uma guerra civil.

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