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Rússia critica "amadorismo" de acusações americanas

"Essas acusações começam a nos cansar", disse porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, falando de "uma verdadeira caça às bruxas"

Dmitri Peskov: os serviços de inteligência dos EUA publicaram na sexta-feira um relatório que aponta uma campanha cibernética russa (Sergei Karpukhin/Reuters)

Dmitri Peskov: os serviços de inteligência dos EUA publicaram na sexta-feira um relatório que aponta uma campanha cibernética russa (Sergei Karpukhin/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 12h17.

O Kremlin denunciou o "amadorismo" das acusações de ataques cibernéticos lançadas pelos Estados Unidos, cujos serviços de inteligência acusam Moscou de ataques de informática destinados a influenciar a campanha eleitoral americana.

"São acusações absolutamente infundadas, de um nível amador", declarou nesta segunda-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. "Começam a nos cansar", acrescentou.

"Essas acusações começam a nos cansar", acrescentou, falando de "uma verdadeira caça às bruxas", um termo já utilizado pelo presidente eleito americano Donald Trump, que alegou uma "caça às bruxas política" destinada a enfraquecê-lo.

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos publicaram na sexta-feira um relatório que aponta uma campanha cibernética russa para prejudicar o processo democrático nos Estados Unidos e aumentar as chances de vitória do bilionário republicano Donald Trump para denegrir a sua rival, Hillary Clinton.

"Seguimos negando categoricamente qualquer envolvimento de Moscou" em ataques informáticos contra os Estados Unidos, disse Peskov, que afirmou que este relatório não trazia "nenhuma substância" às alegações de Washington.

"Não sabemos ainda quais os dados utilizados por aqueles que lançam essas acusações infundadas", disse ele.

E-mails hackeados do Partido Democrata e de um amigo próximo de Hillary Clinton foram postados na Internet, principalmente pelo Wikileaks pouco antes da eleição, desestabilizando a nomeação democrata.

Barack Obama, que vai passar o bastão para Trump em 20 de janeiro, sancionou a Rússia expulsando 35 diplomatas russos considerados espiões.

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