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Rússia considera infundadas acusações sobre ataques na Síria

"Os rumores de que o alvo dos ataques não era o EI carecem de qualquer fundamento", declarou o ministro


	O chanceler russo: Lavrov disse que informou a Kerry sobre a intervenção da Rússia, a pedido da presidência síria, para combater "exclusivamente o Estado Islâmico e outros grupos terroristas"
 (Yuri Kadobnov/AFP)

O chanceler russo: Lavrov disse que informou a Kerry sobre a intervenção da Rússia, a pedido da presidência síria, para combater "exclusivamente o Estado Islâmico e outros grupos terroristas" (Yuri Kadobnov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2015 às 08h38.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, considerou "infundadas" as dúvidas dos países ocidentais sobre os bombardeios de Moscou contra o grupo Estado Islâmico (EI) em seus primeiros ataques na Síria.

"Os rumores de que o alvo dos ataques não era o EI carecem de qualquer fundamento", declarou o ministro, citado em um comunicado depois de uma reunião com o secretário do Departamento de Estado americano, John Kerry, em Nova York.

Ele destacou não ter nenhuma informação sobre possíveis vítimas civis.

Lavrov disse que informou a Kerry "com total honestidade" sobre a intervenção da Rússia, a pedido da presidência síria, para combater "exclusivamente o Estado Islâmico e outros grupos terroristas".

A aviação russa executou na quarta-feira os primeiros bombardeios na Síria, a pedido do presidente Bashar al-Assad.

Rapidamente, os países ocidentais e a oposição síria no exílio expressaram dúvidas sobre a escolha dos alvos atacados pelos caças russos.

O secretário de Defesa americano, Ashton Carter, afirmou que "provavelmente não" apontavam contra os jihadistas do EI e que a iniciativa russa acabaria mal, caso estabelecesse como única meta a defesa do regime sírio.

O chanceler francês, Laurent Fabius, também expressou dúvidas sobre os alvos dos ataques russos.

Mais conciliador, John Kerry declarou que Washington está disposto a "receber favoravelmente" o uso da força aérea russa desde que seja contra o EI e a Al-Qaeda.

Moscou respondeu que sua aviação realizou 20 saídas e atingiu "oito alvos do grupo Estado Islâmico".

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