Venezuela: os países europeus haviam dado um prazo de oito dias para que Maduro convocasse novas eleições (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
AFP
Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 10h31.
Última atualização em 4 de fevereiro de 2019 às 10h32.
O Kremlin denunciou, nesta segunda-feira (4), o que considera uma tentativa de interferência nos assuntos internos da Venezuela por vários países europeus, que reconheceram o chefe da oposição venezuelana Juan Guaidó como "presidente encarregado" da Venezuela.
"Percebemos as tentativas de legitimar a usurpação do poder como uma ingerência direta e indireta nos assuntos internos da Venezuela", disse à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.
"Isso não favorece, em nenhum caso, uma solução pacífica, eficaz e viável para a crise que a Venezuela atravessa", afirmou Peskov, considerando que apenas os venezuelanos devem encontrar uma solução.
Vários países europeus anunciaram, nesta segunda, que reconhecem o presidente da Assembleia da Venezuela, Juan Guaidó, como "presidente encarregado" do país para que convoque rapidamente uma eleição presidencial.
Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal e Holanda haviam dado um ultimato até este domingo para que o presidente Nicolás Maduro convocasse eleições. Caso contrário, reconheceriam Guaidó.
Em uma entrevista divulgada no domingo pelo canal espanhol La Sexta, Nicolás Maduro rejeitou o ultimato e disse que não dará "o braço a torcer por covardia frente às pressões" dos que exigem sua saída.