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Rússia cobra respostas da Otan sobre ações no Leste Europeu

Aliança militar ocidental prometeu reforçar as defesas dos seus membros nessa região


	Sergei Lavrov: "Dirigimos questões à aliança militar do Atlântico Norte. Estamos não só esperando respostas, mas respostas que se baseiem totalmente no respeito pelas regras sobre as quais concordamos"
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Sergei Lavrov: "Dirigimos questões à aliança militar do Atlântico Norte. Estamos não só esperando respostas, mas respostas que se baseiem totalmente no respeito pelas regras sobre as quais concordamos" (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 10h07.

Moscou - O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse na quinta-feira que a Rússia espera respostas da Otan a respeito das suas atividades no Leste Europeu, depois que a aliança militar ocidental prometeu reforçar as defesas dos seus membros nessa região.

A anexação da região da Crimeia pela Rússia aprofundou aquela que é a pior crise entre Moscou e o Ocidente desde o fim da Guerra Fria, motivando temores entre nações da Europa oriental.

"Dirigimos questões à aliança militar do Atlântico Norte. Estamos não só esperando respostas, mas respostas que se baseiem totalmente no respeito pelas regras sobre as quais concordamos", disse Lavrov a jornalistas durante reunião com seu colega cazaque.

Ministros de Relações Exteriores da Otan determinaram, em reuniões nesta semana, que os comandantes militares devem traçar planos para reforçar as defesas da Otan, possivelmente incluindo medidas como o envio de soldados e equipamentos da Otan para aliados do Leste Europeu, a realização de mais exercícios, a prontidão de uma força de reação rápida e a revisão dos planos militares da aliança.

Estrategistas militares apresentarão propostas detalhadas dentro de algumas semanas, segundo um funcionário da Otan.

Respondendo a críticas sobre a presença de tropas russas ao longo da fronteira com a Ucrânia, Lavrov disse que a Rússia tem o direito de deslocar forças no seu próprio território, e que elas vão regressar a suas bases após concluir exercícios militares.

"É necessário desescalar a retórica que exagera o alvo e adentra no não razoável", afirmou.

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