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Rússia e Azerbaijão ampliam cooperação energética

Acordo prevê aumento da quantidade de gás vendido para a Rússia

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 15h58.

Baku, Azerbaijão - Rússia e Azerbaijão assinaram hoje um acordo para ampliar a provisão a Moscou de gás azerbaijano para dois bilhões de metros cúbicos anuais nos dois próximos anos, ao mesmo tempo em que acertaram realizar uma cúpula energética especial para impulsionar a cooperação bilateral nesta matéria.

"Acordamos que é necessário dedicar a este tema um encontro especial, uma cúpula especial", declarou o presidente russo, Dmitri Medvedev, em entrevista coletiva conjunta com seu colega azerbaijano, Ilham Aliyev.

O presidente azerbaijano declarou que Baku "espera ampliar as provisões à Rússia de todas as matérias-primas que o Azerbaijão tem".

Em relação ao convênio adicional de compra-venda assinado por Gazprom e a Companhia Petrolífera Estatal do Azerbaijão no marco das conversas entre ambos os presidentes, Aliyev assinalou que responde totalmente aos interesses de seu país.

Ele lembrou que o acordo assinado em 2009 contemplava a provisão à Rússia de 500 milhões de metros cúbicos de gás natural ao ano entre 2010 e 2015.

O chefe do consórcio de gás russo, Alexei Miller, explicou que, segundo o convênio adicional, a Rússia comprará do Azerbaijão em 2011 até dois bilhões de metros cúbicos de gás e superará este volume em 2012.

Por outro lado, Medvedev ressaltou que Moscou não tem intenção de obstaculizar projetos energéticos alternativos mas, ao contrário, "mostrar os privilégios da cooperação" nesta matéria.

"A postura da Rússia sempre se baseou em que não devemos obstaculizar nenhum projeto, porque isso é algo inadmissível", disse o chefe do Kremlin ao comentar os planos de Baku de cooperar no futuro projeto de gasoduto Nabucco, que permitirá fornecer gás do Cáspio e centro-asiático à Europa, evitando território russo.

Por sua parte, Aliyev assegurou que seu país tem gás de sobra para as próximas décadas, já que as reservas exploradas chegam a dois trilhões de metros cúbicos, e as potenciais, até os cinco trilhões.

Ao mesmo tempo assinalou que a cooperação em matéria energética com a Rússia "tem um caráter aberto e franco" e assegurou que é uma esfera que fortalece as relações entre ambos os países.

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