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Rússia anuncia interrupção do fornecimento de gás à Ucrânia

O corte do fornecimento não deve ameaçar a entrega de gás russo à União Europeia


	Usina da Gazprom em Sochi, na Rússia: o corte do fornecimento não deve ameaçar a entrega de gás russo à União Europeia
 (Yuri Kadobnov/AFP)

Usina da Gazprom em Sochi, na Rússia: o corte do fornecimento não deve ameaçar a entrega de gás russo à União Europeia (Yuri Kadobnov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 09h55.

A empresa russa Gazprom confirmou nesta quarta-feira a interrupção do fornecimento de gás à Ucrânia, depois do anúncio da véspera de Kiev sobre a suspensão da compra de gás da Rússia após o fracasso das negociações sobre os preços.

"A Ucrânia não pagou pelo fornecimento de gás para julho. A partir das 10 da manhã de 1 de julho, o fornecimento de gás da Gazprom para a Ucrânia foi cortado. A Gazprom não entregará mais gás à Ucrânia - independente do preço - sem o pagamento antecipado", afirma em um comunicado o presidente da Gazprom, Alexei Miller.

O corte do fornecimento não deve ameaçar a entrega de gás russo à União Europeia - metade do gás para o bloco passa pelo território ucraniano.

A empresa pública ucraniana Naftogaz prometeu na terça-feira que garantiria o trânsito do gás russo para os demais clientes europeus.

A Comissão Europeia também garantiu que o fornecimento não será afetado no próximo inverno, apesar da crise entre Ucrânia e Rússia.

Segundo o comissário europeu de Energia, Maros Sefkovic, o fornecimento "não está em perigo" porque as reservas atuais de gás da Ucrânia podem ser complementadas com outros fornecedores diferentes da russa Gazprom.

"Há um compromisso claro de ucranianos e russos para que o trânsito até a Europa continue de maneira fluente e ininterrupta", afirmou Sefkovic.

O acordo sobre o fornecimento de gás russo à Ucrânia expirou na terça-feira, sem um consenso a respeito dos preços com a Gazprom nas negociações celebradas em Viena.

A Gazprom e a Naftogaz têm problemas nas negociações desde que um governo pró-Ocidente chegou ao poder em Kiev em 2014, situação complicada pelo conflito no leste ucraniano, controlado por separatistas pró-Rússia.

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