Soldado das Forças Militares da Ucrânia caminha em uma trincheira na linha de frente com separatistas apoiados pela Rússia perto de Avdiivka, Donetsk, sudeste da Ucrânia, em 9 de janeiro de 2022. (Anatolii STEPANOV/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de janeiro de 2022 às 11h11.
Última atualização em 14 de janeiro de 2022 às 21h04.
Enquanto diplomatas mantêm negociações sobre a crise na Ucrânia nesta semana, a Rússia começou a mover tanques, veículos de combate de infantaria, lançadores de foguetes e outros equipamentos militares para o oeste de suas bases no Extremo Oriente, segundo autoridades dos Estados Unidos e relatos de redes sociais.
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Embora os equipamentos ainda estejam em trânsito, autoridades e analistas estão debatendo se o movimento representa a próxima fase na campanha do Kremlin, que já colocou mais de 100 mil soldados perto da fronteira com a Ucrânia.
"É quase certo que essas coisas vão para a Ucrânia", disse Rob Lee, especialista em militares russos e membro do Instituto de Pesquisa de Política Externa, um centro de estudos dos EUA.
Outros analistas suspeitam, no entanto, que o presidente russo, Vladimir Putin, esteja usando os novos movimentos militares para perseguir uma estratégia de manter o Ocidente em dúvida sobre o que ele fará a seguir, ao mesmo tempo em que constrói vantagem nas negociações.
As conversas esta semana entre a Rússia, os EUA, a Otan e outras potencias ocidentais não conseguiram aplacar as divergências sobre as exigências do Kremlin de que a aliança corte os laços militares com a Ucrânia e outros integrantes da antiga União Soviética.
Os EUA e aliados disseram que responderão a uma eventual invasão com sanções econômicas sem precedentes à Rússia, maior apoio à defesa da Ucrânia e reforços militares no flanco leste da Otan, mais próximo da Rússia.