Mundo

Rússia adverte EUA sobre consequências de atos agressivos na Venezuela

O governo russo acusa os Estados Unidos de apoiar a tentativa da oposição venezuelana liderada por Juan Guaidó de tomar o poder

Lavrov: governo de Maduro denunciou que a Venezuela viveu na terça-feira uma tentativa de golpe (Sergei Karpukhin/Reuters)

Lavrov: governo de Maduro denunciou que a Venezuela viveu na terça-feira uma tentativa de golpe (Sergei Karpukhin/Reuters)

E

EFE

Publicado em 1 de maio de 2019 às 16h37.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta quarta-feira em uma conversa telefônica com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, que continuar dando "passos agressivos terá graves consequências" na Venezuela, informou a chancelaria russa em comunicado.

"Só o povo venezuelano tem o direito de determinar seu destino, razão pela qual é necessário um diálogo entre todas as forças políticas do país, que é o que há muito tempo pede o governo", disse Lavrov de acordo com o comunicado.

Lavrov ressaltou que "a destrutiva ingerência exterior, mais ainda com o uso da força, não tem nada em comum com os processos democráticos".

O chefe da diplomacia russa denunciou que "a ingerência de Washington nos assuntos internos de um país soberano e as ameaças a seus dirigentes são uma grosseira violação do direito internacional".

Na nota, o ministério acusa os Estados Unidos de apoiar a tentativa da oposição venezuelana liderada por Juan Guaidó de tomar o poder.

A conversa telefônica aconteceu a pedido de Pompeo, que admitiu em Washington que "a ação militar é possível" no país latino-americano "se isso for necessário".

Além disso, afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estava pronto para deixar o país, mas recebeu indicações da Rússia de que não deveria fazê-lo, o que foi negado tanto por Caracas como por Moscou.

O governo de Maduro denunciou que a Venezuela viveu na terça-feira uma tentativa de golpe de Estado liderada por Guaidó, líder do parlamento e que se autodeclarou presidente interino do país.

A embaixada russa na Venezuela afirmou que o exército continua do lado de Maduro e negou que os especialistas militares russos possam intervir nos incidentes que acontecem em Caracas, destacando que "não são militares que participem de ações de combate".

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)RússiaVenezuela

Mais de Mundo

Agenda do G20 no Brasil entra na reta final; veja o que será debatido entre os líderes globais

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social