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Rússia acusa Turquia de encobrir aliança com EI

A nota oficial acusa os turcos de realizarem "manobra populista", para desviar a atenção da opinião pública mundial da linha destrutiva da Turquia na Síria


	Tayyip Erdogan: além disso, a Chancelaria rejeita as acusações de que aviões do país teriam derrubado casas de civis na Síria, inclusive provocando mortes
 (Ints Kalnins/Reuters)

Tayyip Erdogan: além disso, a Chancelaria rejeita as acusações de que aviões do país teriam derrubado casas de civis na Síria, inclusive provocando mortes (Ints Kalnins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2015 às 12h56.

Moscou - A Rússia acusou nesta quinta-feira a Turquia de orquestrar uma campanha contra o país, para encobrir o envolvimento no contrabando de petróleo realizado pelo Estado Islâmico (EI), negando ainda que os bombardeios feitos na Síria tenham atingindo civis.

"Os planos de governo de orquestrar uma campanha anti-russa são uma evidente reação às denúncias de nosso país sobre a envolvimento da Turquia nas atividades ilegais no norte da Síria", aponta comunicado divulgado pela Chancelaria russa.

Segundo as acusações feitas pela governo de Moscou, as atividades ilegais incluiriam "o contrabando de petróleo dos jazidas sob controle do EI e a garantia de todo o tipo de assistência a grupos extremistas e terroristas".

A nota oficial acusa os turcos de realizarem "manobra populista", para desviar a atenção da opinião pública mundial da linha destrutiva da Turquia na Síria.

Além disso, a Chancelaria rejeita as acusações de que aviões do país teriam derrubado casas de civis na Síria, inclusive provocando mortes.

"No marco da propaganda negra, Ancara exagera ativamente nos números de mortos. Em suas acusações infundadas, as autoridades turcas se referem a informações de inteligência. Citam também duvidosos dados da Anistia Internacional", diz o texto.

O governo russo ainda ataca o turco, por uma "política de perseguição" contra a minoria curda, que teria provocado muitas vítimas entre a população civil, incluindo crianças e mulheres.

O presidente russo, Vladimir Putin, ampliou nesta semana as sanções contra a Turquia, em represália pela derrubada de um bombardeiro na fronteira síria, e a negativa do presidente Recep Tayyip Erdogan de se desculpar e compensar o prejuízo.

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