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Rússia acusa os EUA de defenderem EI e pede reunião da ONU

Segundo o Ministério da Defesa russo, 62 soldados do Exército sírio morreram hoje em um bombardeio da coalizão liderada pelos EUA


	Obama e Putin durante G20: Rússia acusa EUA de defenderem Estado Islâmico
 (Pablo Martinez Monsivais/Reuters)

Obama e Putin durante G20: Rússia acusa EUA de defenderem Estado Islâmico (Pablo Martinez Monsivais/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2016 às 20h14.

Moscou - A Rússia acusou neste sábado os Estados Unidos de defender o grupo terrorista Estado Islâmico e disse que pedirá uma reunião urgente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) após o bombardeio lançado por aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos na Síria que matou 62 soldados do regime de Damasco.

"Se antes tínhamos a suspeita de que a Frente al Nusra é protegida, agora, depois do bombardeio de hoje contra o Exército sírio, chegamos a uma terrível conclusão para todo o mundo: a Casa Branca está defendendo o EI", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Em entrevista à televisão "Rossiya 24", ela afirmou que o governo em Moscou vai pedir um encontro urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre este incidente.

"Vamos exigir a Washington uma explicação completa e detalhada. E esta explicação deverá ser dada ao Conselho de Segurança", declarou.

Segundo o Ministério da Defesa russo, 62 soldados do Exército sírio morreram hoje em um bombardeio da coalizão liderada pelos Estados Unidos.

"Hoje, entre 17h e 17h50 (horário de Moscou, 11h e 11h50 em Brasília), aviões de guerra da coalizão internacional contra o Estado Islâmico (dois F16 e dois A10) realizaram quatro ataques perto do Aeroporto de Deir ez Zor para alcançar às forças governamentais sírias.

Segundo a informação recebida do comando sírio, o bombardeio aéreo causou a morte de 62 militares sírios e ferimentos em outros 100", informou o chefe da Direção de Serviços de Comunicação do Ministério da Defesa da Rússia, general Igor Konashenkov, mais cedo.

"Se esse ataque foi causado por um erro de localização do alvo, então é uma consequência direta da obstinada resistência dos Estados Unidos a coordenar com a Rússia suas ações contra os grupos terroristas que operam na Síria", afirmou.

Konashenkov disse que os aviões da coalizão entraram no espaço aéreo sírio pelo lado da fronteira síria-iraquiana e que as forças atacadas estavam rodeadas por "grupos terroristas do EI".

Segundo ele, imediatamente depois do ataque aéreo, militantes do EI começaram uma ofensiva perto do aeroporto onde, horas antes, uma carga de ajuda humanitária tinha sido lançada de paraquedas para à população local.

Fontes militares citadas por agências russas asseguraram que algum tempo depois do bombardeio da coalizão, o Exército sírio recuperou o controle de suas posições.

"O Exército sírio recuperou as posições que perdeu por causa de um bombardeio da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, contra o Estado Islâmico", afirmou a fonte.

O Pentágono admitiu a possibilidade de a coalizão ter bombardeado por engano às forças sírias. A ação acontece no penúltimo dia da trégua acertada entre Estados Unidos e Rússia em 9 de setembro.

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