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Rússia acusa EUA de "provocações letais" contra soldados na Síria

Russos se queixaram de laços supostamente amigáveis entre milícias apoiadas pelos EUA, forças norte-americanas e o Estado Islâmico na Síria

Sergei Lavrov: "existem muitas perguntas às forças lideradas pelos EUA na Síria" (Maxim Shemetov/Reuters)

Sergei Lavrov: "existem muitas perguntas às forças lideradas pelos EUA na Síria" (Maxim Shemetov/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 10h12.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou os Estados Unidos e seus aliados, nesta quarta-feira, de orquestrarem "provocações letais" contra soldados russos na Síria.

Moscou se queixou do que diz serem laços supostamente amigáveis entre milícias apoiadas pelos EUA, forças especiais norte-americanas e o Estado Islâmico na Síria, e acusou Washington de tentar frear o avanço do Exército sírio.

"Existem muitas perguntas às forças lideradas pelos EUA na Síria", disse Lavrov ao jornal pan-árabe Asharq al-Awsat em uma entrevista publicada nesta quarta-feira.

"Ou eles bombardeiam acidentalmente tropas sírias contra as quais militantes do Estado Islâmico lançam uma ofensiva, ou levam outros terroristas a atacarem alvos estrategicamente importantes... ou realizam provocações letais contra nossos efetivos militares".

Na semana passada o vice de Lavrov, Sergei Ryabkov, disse que a "política de duas caras" dos EUA é a culpada pela morte do general russo Valery Asapov na Síria, algo que Washington negou enfaticamente. Asapov foi morto por um bombardeio do Estado Islâmico.

Lavrov também disse nesta quarta-feira que os EUA e a coalizão que lidera são "visitantes indesejados" na Síria do ponto de vista da lei internacional e acusou Washington de "dividir terroristas em maus e não tão maus".

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