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Rússia acusa EUA de fingirem combater EI na Síria e no Iraque

O país afirma que os EUA reduziram seus ataques aéreos no Iraque para permitir que os militantes sigam para a Síria e contenham o Exército

EI: para a Rússia, "as ações do Pentágono e da coalizão exigem uma explicação" (Muhammad Hamed/Reuters)

EI: para a Rússia, "as ações do Pentágono e da coalizão exigem uma explicação" (Muhammad Hamed/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de outubro de 2017 às 08h30.

Moscou - A Rússia acusou os Estados Unidos nesta terça-feira de fingirem combater o Estado Islâmico e de reduzirem deliberadamente os ataques aéreos no Iraque para permitir que militantes do grupo sigam para a Síria para conter o avanço do Exército sírio, que tem apoio dos russos.

No sinal mais recente das tensões crescentes entre Moscou e Washington, o Ministério da Defesa russo disse em um comunicado que a coalizão liderada pelos EUA reduziu drasticamente os ataques aéreos no Iraque em setembro, quando as forças sírias, apoiadas pelo poderio aéreo russo, começaram a retomar a província de Deir al-Zor.

"Todos veem que a coalizão liderada pelos EUA está fingindo combater o Estado Islâmico, sobretudo no Iraque, mas continuando a supostamente combater o Estado Islâmico na Síria ativamente por alguma razão", disse o general Igor Konashenkov, porta-voz do ministério.

Em resultado, disse, os militantes se transferiram em grandes números de áreas da fronteira iraquiana para Deir al-Zor, onde estão tentando se instalar na margem esquerda do rio Eufrates.

"As ações do Pentágono e da coalizão exigem uma explicação. Será que esta mudança de método é um desejo de complicar tanto quanto puderem a operação do Exército sírio, apoiado pela Força Aérea russa, para recuperar território ao leste do Eufrates?", questionou Konashenkov.

"Ou será uma manobra habilidosa para expulsar terroristas do Estado Islâmico do Iraque forçando-os a entrar na Síria e na rota do bombardeio cirúrgico da Força Aérea russa?".

Ele disse que as tropas sírias estão envolvidas em um esforço para repelir o Estado Islâmico da cidade de Al-Mayadin, a sudeste de Deir al-Zor, mas que o grupo militante tenta reforçar suas fileiras diariamente com "mercenários estrangeiros" vindos do Iraque.

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