Romney criticou Obama por não oferecer proteção a dissidente chinês (©AFP / Jewel Samad)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2012 às 18h38.
Washington - O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Mitt Romney disse nesta quinta-feira que este seria um "dia de vergonha" para a administração do presidente Barack Obama se for comprovado que o país falhou em oferecer proteção ao dissidente chinês Chen Guangcheng.
Guangcheng, um ativista que ganhou fama ao expor os abusos da política de filho único na China, procurou refúgio na embaixada americana em Pequim na semana passada após fugir da prisão domiciliar.
Depois de ser internado em um hospital chinês na quarta-feira, Chen disse temer por sua segurança e acusou os funcionários da embaixada americana de obrigá-lo a sair - uma acusação que os diplomatas americanos negam.
O caso provocou atritos diplomáticos entre a China e os Estados Unidos, em um momento em que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, estão em Pequim para conversas de alto nível com o governo chinês.
Chen "procurou liberdade em um reduto da liberdade - uma embaixada dos Estados Unidos da América. Não estamos orgulhosos com o fato de que as pessoas que procuram liberdade vão à nossa embaixada para encontrá-la?", disse Romney durante campanha na Virgínia.
"As informações - se estiverem corretas - são as de que nossa administração querendo ou não querendo comunicou Chen de uma ameaça implícita à sua família, e provavelmente agilizaram, ou deve ter agilizado, o processo de sua decisão de deixar a embaixada" para abrir caminho para as conversas bilaterais entre EUA e China, disse.
"Também é aparente, de acordo com essas informações, se estiverem corretas, que nossa embaixada deixou de tomar as medidas necessárias que garantissem a segurança de Sr. Chen e sua família", afirmou o pré-candidato republicano.
"Se essas informações estiverem corretas, este é um dia negro para a liberdade, e um dia de vergonha para a administração Obama."
"Nós somos um lugar de liberdade aqui e no mundo e devemos defendê-la onde quer que seja."
Os Estados Unidos afirmaram que conversavam com Chen sobre seu futuro.