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Economista Rodrigo Chaves assume Presidência da Costa Rica

Missão do direitista, que tem três décadas de carreira no Banco Mundial, é "salvar a economia" do país latino

O presidente eleito da Costa Rica, Rodrigo Chaves, em San José, em 4 de abril de 2022 (David GOLDBERG/AFP)

O presidente eleito da Costa Rica, Rodrigo Chaves, em San José, em 4 de abril de 2022 (David GOLDBERG/AFP)

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AFP

Publicado em 8 de maio de 2022 às 12h33.

O economista Rodrigo Chaves se torna neste domingo o 49º presidente da Costa Rica  para o período 2022-2026, com a tarefa primordial de salvar a economia de um dos países com democracias mais estáveis da América Latina.

A cerimônia será em San José às 10h locais (13h em Brasília) dentro do Congresso, diferentemente dos anos anteriores, quando foi realizada no Estádio Nacional. O Rei de Espanha, Felipe VI, confirmou a sua presença, entre 97 delegações internacionais.

O direitista Chaves, 60 anos e três décadas de carreira no Banco Mundial, chega ao poder para tentar resolver a crise econômica do país, com 23% de sua população vivendo na pobreza (6,30% em extrema pobreza) e 13,6% de desemprego, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INEC).

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Com uma economia impulsionada principalmente pelo turismo, a Costa Rica foi duramente atingida pela pandemia de covid-19. "É essencial para o país que Chaves melhore a economia(...) Este novo governo tem a oportunidade de fazer algo diferente", disse Adrián Aguiluz, 35, comunicador e morador da capital.

Chaves salientou recentemente que espera "melhorar" as condições de um empréstimo de 1,7 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI), vital, segundo o governo em fim de mandato de Carlos Alvarado, para manter as finanças do país à tona.

"Esta, ao que parece, será uma gestão voltada para a parte econômica, o ponto forte do presidente eleito. Também é uma preocupação em nível nacional em todos os setores. Parece que vamos ver uma proposta para o reestruturação e reorganização das finanças públicas", disse a analista política Gina Sibaja.

Desculpas por assédio sexual

Segundo especialistas, a população privilegiou a experiência de Chaves na economia, apesar de ele ser acusado por assédio sexual dentro do Banco Mundial contra duas subordinadas.

Após sua eleição, o novo presidente pediu "desculpas" por esses eventos. Além disso, adiantou sua oposição às políticas ambientais, em um país com reconhecida liderança global no assunto e que desistiu de explorar gás e petróleo.

Chaves disse que não ratificará o Acordo de Escazú, um importante pacto regional para proteger os defensores do meio ambiente.

O novo presidente é uma figura surpreendente na política, já que sua única experiência em cargos públicos foi por 180 dias como ministro da Fazenda, entre 2019 e 2020.

Ele deixou o cargo por divergências com Alvarado. Alguns meses depois, se apresentou como candidato presidencial com uma proposta baseada na recuperação econômica deste país com 5,2 milhões de habitantes.

(Por AFP)

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