Gabrielli: "Entendemos que esse problema não atinge só a empresa que tem o acidente. Ela atinge a indústria como um todo e atinge a sociedade" (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2011 às 16h39.
Brasília – O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse hoje (22) que o vazamento de petróleo ocorrido na Bacia de Campos, no Campo de Frade, operado pela Chevron, é um problema que atinge a indústria do setor e não só a empresa. Gabrielli, no entanto, não quis falar especificamente sobre o caso da Chevron e que tipo de medida poderia ser adotada para estancar o vazamento.
“Entendemos que esse problema não atinge só a empresa que tem o acidente. Ela atinge a indústria como um todo e atinge a sociedade. Então, nós estamos comprometidos com o conjunto de ações. Agora, não posso falar sobre casos específicos”, disse Gabrielli, em entrevista coletiva após solenidade de balanço do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).
Perguntado sobre como a Petrobras tem se preparado para enfrentar problemas como o ocorrido no Campo de Frade, Gabrielli respondeu que a estatal brasileira preocupa-se seriamente com a questão dos acidentes e que a empresa tem procurado adotar práticas mais seguras na exploração de petróleo.
“Somos uma empresa que nos preocupamos muito seriamente com a questão de acidentes, tentamos adotar as práticas mais seguras possíveis e colaboramos da maneira mais plena e total com todas as empresas que sofrem com esse problema”.
Diante da insistência dos repórteres para que Gabrielli falasse sobre o caso da Chevron, o presidente da Petrobras voltou a dizer que não se podia falar sobre casos específicos e só a empresa operadora poderia se pronunciar. “Não posso falar de uma área onde nós não somos operadores”.
O vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, litoral norte do Rio de Janeiro, foi detectado no último dia 8, quando funcionários da Petrobras avisaram à Chevron sobre uma mancha de óleo na água.
Para o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, a subsidiária brasileira da petrolífera norte-americana Chevron foi negligente e omitiu informações ao governo federal sobre o vazamento de petróleo.