Mundo

Rio tem 3 mil pontos clandestinos de venda de gás GLP

Número de revendas do comércio clandestino de botijões de gás de cozinha é maior do que os quase 1,3 mil pontos legais de venda no estado

Para vender gás no Brasil, é preciso ter autorizações da ANP, da prefeitura e do Corpo de Bombeiros (Antonio Milena)

Para vender gás no Brasil, é preciso ter autorizações da ANP, da prefeitura e do Corpo de Bombeiros (Antonio Milena)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 18h20.

São Paulo – A explosão de um restaurante no centro do Rio de Janeiro, que matou três pessoas e deixou 17 feridos na manhã desta quinta, trás a tona uma realidade preocupante, relacionada ao comércio clandestino de gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha.

O estado tem 3 mil pontos irregulares de venda de GLP contra contra 1.292 pontos de revenda legais, segundo estimativas do mercado de gás, disponíveis no site do Programa Gás Legal, da Agência Nacional de Petróleo (ANP), criado em setembro de 2010 para combater ações clandestinas no setor.

De acordo com Marcelo Silva, especialista em regulação de derivados de petróleo e um dos coordenadores do Programa Gás Legal, a informalidade coloca em risco a segurança do consumidor. “Pontos de venda irregulares muitas vezes podem vender botijões em más condições de manutenção, com mangueiras fora da validade que propiciam o vazamento de gás”, explica.

Para vender gás no Brasil, as empresas precisam de autorizações da Agência Nacional do Petróleo, da prefeitura municipal e de certifiação emitida pelo Corpo de Bombeiros. As exigências severas, entretanto, costumam passar despercebidas pela população na hora da compra.

Segundo o especialista, para ter certeza de que o botijão vem de um ponto regular, é preciso observar alguns sinais simples, como verificar se o produto vem com a marca da distribuidora, com lacre e cartela de segurança. Além disso, o consumidor pode exigir que vendedor apresente um documento de autorização da ANP.

Perigos no armazenamento
Acidentes envolvendo gás de cozinha são perfeitamente evitáveis, mas cabe ao consumidor ficar atento. Os cuidados começam no armazenamento. “Botijões nunca devem ficar confinados em lugares abafados, sem vetilação, nem perto de ralos, que podem facilitar a difusão do gás”, alerta Silva.

E, se em algum momento, o consumidor sentir cheiro de gás no ar, a orientação é facilitar a entrada de ar no ambiente, abrindo todas as janelas, ou levar o botijão para uma área aberta. Também não se pode esquecer de acionar, imediatamente, a distribuidora ou o ponto de revenda autorizado.

Em cenários extremos de vazamento, à exemplo do que supostamente ocorreu no restaurante carioca, que permanceu um dia inteiro fechado no feriado, a orientação é não acender as luzes, em hipótese alguma, já que qualquer faísca pode gerar uma explosão. “O indicado nesse caso é abrir todas os pontos de ventilação, portas e janelas, e esperar o gás sair e o cheiro sumir”, ensina.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasdireito-do-consumidorGásMetrópoles globaisRio de Janeiro

Mais de Mundo

Guerra na Ucrânia: Armas nucleares são a definitiva moeda de troca da Rússia

EUA fecham embaixada em Kiev e alertam sobre 'ataque aéreo significativo'

Empresas ajudarão parcerias verdes com o Brasil mesmo sob governo Trump, diz porta-voz dos EUA

Depois do G20, Lula recebe Xi para aproximar ainda mais Brasil e China