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Rio quer coleta seletiva para entulho de construção e lâmpadas fluorescentes

As lâmpadas fluorescentes, por exemplo, são nocivas ao meio ambiente e à saúde, por apresentar quantidade significativa de mercúrio e metal pesado

Se não for descartada corretamente, lâmpada fluorescente é prejudicial à saúde e ao meio ambiente (WIKIMEDIA COMMONS)

Se não for descartada corretamente, lâmpada fluorescente é prejudicial à saúde e ao meio ambiente (WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2010 às 05h41.

Rio de Janeiro - A Secretaria Estadual do Ambiente apresenta hoje (14), durante o seminário A Política de Resíduos Sólidos do Estado do Rio de Janeiro, proposta para a reciclagem de entulho de lâmpadas fluorescentes usadas, com destinação ecologicamente correta a esses rejeitos.

Iniciativa da Secretaria Estadual do Ambiente e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a reciclagem de restos da construção civil e das lâmpadas fluorescentes faz parte das ações que a secretaria quer implementar para incentivar a cadeia produtiva da reciclagem no Rio.

Em entrevista à Agência Brasil, a secretária do Ambiente do estado, Marilene Ramos, adiantou que a proposta é uma primeira experiência, um piloto de coleta seletiva das lâmpadas fluorescentes, implantada com o conceito de logística reversa incluída na Lei Nacional de Resíduos Sólidos.

Marilene Ramos lembrou que, ao serem descartadas indevidamente, as lâmpadas fluorescentes são altamente nocivas ao meio ambiente e à saúde, “por apresentar quantidade significativa de mercúrio e metal pesado".

A secretária explicou que a intenção do governo do estado é utilizar a experiência adquirida na capital para estendê-la posteriormente a todo o estado.

“A partir de agora, vamos dar ênfase a projetos na área de logística reversa para fluxo de resíduos especiais, como o entulho e as lâmpadas fluorescentes usadas. O nosso objetivo é incentivar a correta destinação desse material e a partir dessa experiência na capital, estendê-la aos outros municípios fluminenses”, disse ela.

Para  o descarte adequado do material de construção civil, a secretaria quer implementar o projeto Entulho Limpo na Baixada nos municípios de Belford Roxo, São João de Meriti, Nilópolis e Mesquita. Nessas cidades, serão instalados 110  ecopontos. Esse material será triturado para, posteriormente, retornar ao mercado como base para obras da prefeitura.

Para a implantação do projeto piloto de logística reversa para o descarte adequado das lâmpadas fluorescentes no município, haverá inicialmente quatro pontos de recolhimento: no centro da cidade, em Jacarepaguá e nas zonas sul e  norte.

“Uma empresa vai recolher as lâmpadas que serão levadas para São Paulo, onde será feita a separação dos elementos que a compõem para a reciclagem e captação do mercúrio, que é tóxico” disse a secretária.

O seminário A Política de Resíduos Sólidos do Estado do Rio de Janeiro será realizado até amanhã (15), das 9h às 17h, na Secretaria do Ambiente, na Praça Mauá, no centro da cidade. Estará presente o presidente do Inea, Luiz Firmino.

No primeiro dia, serão debatidas a política nacional dos resíduos sólidos e as ações que a secretaria vem desenvolvendo, como a erradicação dos lixões, a implementação de aterros sanitários e de programas de educação ambiental.

Amanhã, será feito um balanço do Programa de Coleta Seletiva Solidária. Também vão ser apresentados os programas municipais de Coleta Seletiva, com a participação de representantes dos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Carmo, Duque de Caxias, Miguel Pereira, do Rio, de Angra dos Reis, Rio Bonito, Arraial do Cabo, Paty, Laje do Muriaé e Resende.

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