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Riad, Doha e Ancara apoiam esforços por trégua em Aleppo

Sauditas, catarianos e turcos "expressaram sua intenção de trabalhar duro com os grupos da oposição moderada para que tomem claramente distância da Al-Nosra"


	Aleppo: Moscou e Damasco anunciaram nesta segunda uma pausa humanitária
 (Abdalrhman Ismail / Reuters)

Aleppo: Moscou e Damasco anunciaram nesta segunda uma pausa humanitária (Abdalrhman Ismail / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2016 às 10h24.

Arábia Saudita, Catar e Turquia aceitaram participar das negociações com americanos e russos para tentar separar os rebeldes moderados dos extremistas ativos em Aleppo, no norte da Síria, com o propósito de facilitar uma trégua, informou nesta segunda-feira o embaixador russo na ONU, Vitali Churkin.

Sauditas, catarianos e turcos "expressaram sua intenção de trabalhar duro com os grupos da oposição moderada para que tomem claramente distância da (Frente) Al-Nosra", o braço sírio da Al-Qaeda.

Os combatentes da Al-Nosra presentes na zona leste de Aleppo, bombardeada sem descanso por aviões russos e sírios, devem abandonar a cidade ou "ser derrotados", afirmou Churkin.

O diplomata russo, que citou informações do representante da ONU na Síria, Staffan de Mistura, destacou que a relação de forças entre os combatentes moderados (10 mil) e os da Al-Nosra (900) é de "dez para um" no leste de Aleppo.

Se a Al-Nosra se retirar de Aleppo, então o "acordo concluído em Lausanne permitirá que a oposição moderada negocie uma trégua com o governo sírio".

De Mistura propôs recentemente aos combatentes jihadistas da Frente Al-Nosra, rebatizada de Fateh al-Cham, que abandonem Aleppo, e ao regime sírio e à Rússia que suspendam os bombardeios contra a cidade.

Moscou e Damasco anunciaram nesta segunda que "uma pausa humanitária será aplicada em 20 de outubro em Aleppo das 08h00 às 16h00" locais.

"As forças russas e sírias suspenderão durante este período seus bombardeios e todos os outros disparos", disse o general Serguei Rudskoi, do Estado-Maior russo.

Moscou e Damasco tomaram esta decisão "sobretudo para permitir aos civis deixar (a cidade) em total liberdade, para evacuar os doentes e feridos e garantir a retirada dos rebeldes armados".

Dezenas de civis morreram nesta segunda-feira em bombardeios do regime sírio e das aviação russa contra os bairros do leste de Aleppo.

Antiga capital econômica do país, Aleppo é agora uma cidade devastada pelos intensos bombardeios e ataques das forças do governo de Bashar al-Assad, que avançam sobre a parte leste.

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