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Revista do Zimbábue é processada por publicar documentos do WikiLeaks

Informações ligam funcionários do país ao tráfico de diamantes

Wikileaks também liberou documentos que associavam a esposa do presidente Robert Mugabe ao tráfico (Wikimedia Commons)

Wikileaks também liberou documentos que associavam a esposa do presidente Robert Mugabe ao tráfico (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2010 às 08h28.

Harare - Os diretores do Banco Central e do serviço secreto do Zimbábue processaram na Justiça uma revista local por reproduzir documentos secretos de diplomatas americanos vazados pelo site WikiLeaks, segundo os quais os funcionários do país são envolvidos no tráfico ilegal de diamantes.

Gideon Gono, diretor do Banco Central, e Happyton Bonyongwe, chefe da Organização Central de Inteligência, processam a revista privada "The Standard", exigindo, respectivamente, US$ 12,5 milhões e US$ 10 milhões por danos e prejuízos a suas pessoas, informa neste sábado o diário estatal "The Herald".

Esses processos ocorrem dias depois de Grace Mugabe, esposa do líder do Zimbábue, Robert Mugabe, processar a "The Standard" também por publicar documentos vazados pelo WikiLeaks, nos quais ela também é envolvida no tráfico ilegal de diamantes.

Todos negam taxativamente ter participado do tráfico ilegal de diamantes.

O documento diplomático americano cita como fonte Andrew Cranswick, diretor da companhia mineradora desalojada desses campos de mineração pelo Governo de Mugabe em 2006, que negou ter falado com funcionários americanos sobre essas questões.

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