Um total de 21 mil megawatts (MW), ou 20% da capacidade instalada do parque gerador do País, tem a concessão vencendo em quatro anos (Caio Coronel/Ag. Itaipu)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2011 às 23h15.
Brasília - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse ter apenas uma certeza em relação ao imbróglio sobre as concessões da geração de energia que vencem em 2015: a redução do preço da energia cobrada do consumidor. "O mais importante é passar para o consumidor a parte já amortizada do projeto", disse, em entrevista realizada após apresentar o Plano Decenal de Expansão de Energia 2020 aos integrantes do Conselho Temático de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em reunião realizada nesta terça-feira, 12.
Tolmasquim afirmou não saber se o governo optará pela renovação das concessões ou por realizar novas licitações. Ressaltou, no entanto, que a questão não pode ser tratada como leilão de concessão de "energia nova". "Uma usina hidrelétrica tem vida útil de mais de 100 anos, mas se amortiza em 20, 25 anos", disse. Por isso, destacou que será impossível desconsiderar o ativo já amortizado.
Um total de 21 mil megawatts (MW), ou 20% da capacidade instalada do parque gerador do País, tem a concessão vencendo em quatro anos. Isso inclui as concessões das estatais paulista Cesp, mineira Cemig e paranaense Copel, além das do grupo Eletrobras.
O presidente da EPE afirmou, ainda, que as habilitações técnicas para o leilão "A-3" de energia (sobre a contratação de energia para 2014) deverão sair até a primeira semana de agosto. O leilão é previsto para meados de agosto.