Toledo, quem governou o país entre 2001 e 2006, rejeitou a acusação e pediu provas que comprovassem a informa (Christian911/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2011 às 21h36.
Lima - Supostas revelações sobre alguns candidatos à Presidência do Peru em documentos dos Estados Unidos obtidos pelo grupo WikiLeaks poderão atrapalhar a campanha eleitoral e afetar um dos principais candidatos, a menos de dois meses das concorridas eleições.
O candidato nacionalista Ollanta Humala disse que a embaixadora norte-americana em Lima, Rose Likins, o informou nesta semana que, segundo documentos sigilosos, o atual favorito e ex-presidente Alejandro Toledo buscou apoio dos Estados Unidos em 2005 para evitar que Humala ganhasse as eleições passadas.
Toledo, quem governou o país entre 2001 e 2006, rejeitou a acusação e pediu provas que comprovassem a informação.
Segundo pesquisas, o candidato lidera as intenções de voto para as eleições de 10 de abril, mas não alcançaria mais de 50 por cento dos votos. A eleição, portanto, seria definida no segundo turno, em 5 de junho.
"De fato isso afeta a campanha eleitoral e acho que pode atingir Toledo porque é uma denúncia grave", afirmou à Reuters o analista político Alberto Adrianzén. "O melhor para todos é que a embaixada publique o documento" diplomático, disse.
A embaixadora Likins desmentiu a jornalistas o que foi dito por Humala, um esquerdista temido pelos investidores, apesar de ter moderado seu discurso radical contra o mercado. Ele foi finalista nas eleições presidenciais de 2006.
"Estamos lidando com um problema do WikiLeaks que não é de nossa criação", afirmou a diplomata.
"O que eu quero esclarecer é que a informação que saiu não está de acordo com a informação que eu proporcionei ao candidato Humala."
Os rivais de Toledo para um possível segundo turno seriam a parlamentar Keiko Fujimori e o ex-prefeito de Lima Luis Castañeda.