Ivanka Trump e Jared Kushner: ele terá que comparecer na investigação aberta pelo Senado sobre uma eventual interferência russas nas eleições (Kevin Lamarque/Reuters)
AFP
Publicado em 28 de março de 2017 às 12h00.
O Kremlin classificou nesta terça-feira de "prática corrente das empresas" os encontros do genro e conselheiro próximo de Donald Trump, Jared Kushner, com o presidente do banco público russo de desenvolvimento.
Kushner, de 36 anos, que desempenhou tanto na campanha quanto depois da vitória de Trump um papel de destaque como intermediário nas relações com muitos países estrangeiros, terá que comparecer na investigação aberta pelo Senado sobre uma eventual interferência russas nas eleições presidenciais americanas de 8 de novembro de 2016.
Segundo o New York Times, os senadores têm dúvidas, particularmente, sobre uma reunião com o embaixador russo nos Estados Unidos, Serguei Kislyak, mas também com Serguei Gorkov, chefe do VenechEconomBank (VEB).
O VEB confirmou este último encontro, explicando que ocorreu no ano passado no âmbito das consultas para estabelecer a nova estratégia do estabelecimento.
"Dezenas de reuniões foram realizadas, também com a empresa de Kushner e com ele mesmo. Isso responde a práticas correntes das empresas", declarou aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Ele afirmou que o Kremlin não havia sido informado na época sobre estes contatos, já que "se trata de um trabalho de rotina (...) que constitui uma prerrogativa da direção do banco".
As reuniões de Kushner mencionadas pela imprensa americana não são em si mesmas censuráveis, mas adquirem uma importância particular na medida em que o FBI e várias comissões parlamentares tentam determinar a natureza exata da intervenção russa nas eleições americanas de 2016.