Bandeira da ONU: fontes diplomáticas disseram que os representante de Moscou e Pequim, aliados tradicionais do regime de Bashar al Assad, saíram da sala "após concluir o encontro" (AFP/Nicholas Roberts)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2013 às 17h07.
Nações Unidas - A reunião dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU terminou nesta quarta-feira sem avançar na discussão sobre o pedido de resolução apresentado pelo Reino Unido que propõe o uso de força na Síria.
Fontes diplomáticas confirmaram a falta de consenso no encontro entre Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China, realizado a portas fechadas. Nenhum dos embaixadores fez declarações à imprensa.
Os Estados Unidos foram representados pela embaixadora, Samantha Power, enquanto pela Rússia estava o encarregado de negócios, Alexander Pankin, que abandonou a reunião, acompanhado pelo representante da China.
Fontes diplomáticas explicaram à Agência Efe que os representante de Moscou e Pequim, aliados tradicionais do regime de Bashar al Assad, saíram da sala "após concluir o encontro", enquanto os embaixadores de EUA, Reino Unido e França continuaram reunidos.
O projeto de resolução britânico prevê o uso de "todas as medidas necessárias sob o Capítulo 7 da Carta da ONU para proteger os civis de armas químicas" e condena o suposto uso de armamento químico pelo regime de Assad.
Após a reunião, o embaixador sírio nas Nações Unidas, Bashar Ja"afari, falou aos jornalistas que entregou uma carta ao secretário-geral, Ban Ki-moon, na qual a Síria pede que sejam investigados outros três supostos ataques rebeldes com agentes químicos.
O secretário-geral disse hoje na Holanda que os inspetores da ONU precisam de quatro dias na Síria para concluir a investigação sobre o ataque com armas químicas de quarta-feira passada, denunciado pelos rebeldes, e depois terão que preparar o relatório para informar o Conselho de Segurança.
Ban não quis especular sobre uma possível resposta da comunidade internacional ao suposto ataque químico e afirmou que sua responsabilidade "neste momento é dirigir e completar a investigação" dos investigadores da ONU que estão em Damasco.