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Reunião de 4 lados sobre Ucrânia não é certa, diz Rússia

A Rússia afirmou que ainda há tempo para concordar uma reunião com Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia sobre a crise, mas não garantiu sua realização


	Gennady Gatilov: "as conversas continuam. Acho que encontraremos uma solução, ainda há tempo"
 (Getty Images/AFP)

Gennady Gatilov: "as conversas continuam. Acho que encontraremos uma solução, ainda há tempo" (Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 14h22.

Moscou - A Rússia afirmou nesta terça-feira que ainda há tempo para concordar uma reunião de quatro lados (Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia) sobre a crise ucraniana, embora sua realização ainda não seja segura.

Segundo Washington e Bruxelas, se realizará no próximo dia 17 em Genebra.

"As conversas continuam. Acho que encontraremos uma solução, ainda há tempo", afirmou Gennady Gatilov, vice-ministro das Relações Exteriores, à agência oficial "RIA Novosti".

Por enquanto, a Rússia não chegou a um acordo com os EUA e a UE sobre o formato e a agenda da reunião, cujo objetivo seria estabilizar a situação na Ucrânia, em cujas fronteiras se concentraram dezenas de milhares se soldados russos, segundo a Otan.

A Rússia, que o Ocidente acusa de instigar e orquestrar os ânimos separatistas no leste da Ucrânia, criticou em um primeiro momento ao Ocidente por anunciar a convocação da reunião de quatro lados sem alcançar, antes, um acordo com Moscou.

O Kremlin propôs a Kiev que aprove uma nova Constituição que transforme à Ucrânia em uma federação, outorgue à língua russa o status de oficial e reconheça a Crimeia como parte do território russo.

O embaixador da Ucrânia na ONU em Genebra, Yuri Klimenko, disse hoje que Kiev está muito interessado no êxito das negociações a quatro bandas e acusou a Moscou de querer fazer fracassar esta reunião.

A delegação ucraniana exporá na cúpula da quinta-feira "provas da participação da Rússia na sublevação separatista no leste da Ucrânia", ressaltou.

Isso sim, descartou a possibilidade que na reunião se abordem questões internas, como propõe a Rússia, como a conversão da Ucrânia em uma república federal.

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