Lille - Dois advogados de autores da ação judicial contra o ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn, acusado de proxenetismo, anunciaram nesta segunda-feira, véspera das alegações da promotoria, que irão retirar suas queixas de delitos sexuais contra o denunciado.
"As Equipes da Ação contra o Proxenetismo retiram sua acusação contra Dominique Strauss-Kahn", declarou ante o tribunal de Lille (norte da França) o advogado da associação, David Lepidi.
Gilles Maton, o advogado que defende as quatro prostitutas envolvidas no caso, duas das quais também processavam DSK, também anunciou que elas vão abandonar as acusações contra o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional.
Strauss-Kahn, de 65 anos, se apresenta desde 2 de fevereiro a um tribunal de Lille junto com outros 13 acusados de proxenetismo com agravantes, um crime passível de ser punido com 10 anos de prisão.
DSK é acusado de ser o principal beneficiário e incentivador de festas libertinas na França e em Washington.
O político que foi durante muito tempo o favorito das pesquisas de opinião para as eleições presidenciais francesas de 2012, manteve durante todo o processo a mesma linha de defesa, de que é adepto de festas libertinas, mas não de prostitutas, e que ignorava que a condição das mulheres que participavam destas festas.
Perante o tribunal, ele declarou inocência e disse não ter cometido "nem crime, nem delito".
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1. Dominique Strauss-Kahn: pode ficar 74 anos na prisão
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1/10 (Agência Brasil)
Em passagem pela cidade de Nova York no último fim de semana, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn entrou para a lista de poderosos que arranharam sua imagem devido a escândalos sexuais. Strauss-Kahn foi preso na noite de sábado por agressão sexual. Segundo relatos, ele teria tentado estuprar uma camareira de 32 anos do hotel Sofitel. A soma das penas máximas para as sete acusações apresentadas contra o dirigente do FMI é de 74 anos e três meses de prisão. Ela, contudo, não foi a única. No domingo, a vereadora francesa Anne Mansouret revelou a um programa de TV que sua filha, a jornalista Tristane Banon, também fora vítima de uma tentativa de estupro por parte do de Strauss-Kahn. O fato teria ocorrido em 2002 quando Tristane tinha apenas 22 anos. Na época, no entanto, a mãe a convenceu a não prestar queixa contra seu então correligionário no Partido Socialista. O caso apenas veio à público em 2002. No entanto, o nome do autor da suposta agressão sexual foi ocultado por meio do ruído de um bip. A acusação de crime sexual coloca na berlinda também o futuro político da França e a solução da crise do euro. O francês Strauss-Kahn era um dos candidatos favoritos para as eleições presidenciais da França que acontecem no ano que vem.
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2. Mark Hurd: assédio sexual revelou teia de corrupção
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2/10
No fim de junho do ano passado, a casa caiu para Mark Hurd, então presidente da HP. A ex-prestadoras de serviços da empresa e ex-atriz Jodie Fisher o acusou de assédio sexual. As investigações, no entanto, revelaram um cenário ainda mais nefasto. Para impedir que o caso viesse à público, Hurd cometeu uma série de irregularidades financeiras. Em algumas situações, Fisher havia recebido remuneração da empresa sem propósito legítimo de negócios. Hurd renunciou em 6 de agosto de 2010. O caso, no entanto, não arruinou totalmente sua trajetória profissional. Um mês depois, ele foi contratado pela Oracle para assumir o cargo de co-presidente.
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3. Moshé Katzav: saída sob vaias após 7 anos no poder
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3/10 (Wikimedia Commons)
Duas semanas antes de terminar o mandato de sete anos, o então presidente de Israel, Moshé Katzav renunciou ao cargo em 2007 sob forte pressão após acusações de assédio sexual e estupro de ex-funcionárias. A renúncia foi seguida de acordo fora dos tribunais para redução de pena e a declaração, por parte de Katzav, de culpa pelos casos de assédio, mas não de estupro. Casado e pai de cinco filhos, o ex-presidente de Israel se afastou da vida pública e teve que assistir ao desenrolar das acusações de crime por quatro anos na Justiça. Em dezembro de 2010, ele foi declarado culpado por dois delitos de estupro e de vários de assédio sexual, além de delitos como abuso de poder, obstrução à Justiça e assédio a testemunhas.
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4. Bill Clinton: escapou por pouco de um impeachment
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4/10 (Getty Images)
O alvo das investigações do procurador Keneth Starr, em janeiro de 1998, era o provável relacionamento do então presidente dos Estados Unidos com Paula Jones durante o período em que ele fora governador do Arkansas. As investigações conduziram o procurador para um caso mais bombástico. Monica Lewinsky tinha 23 anos e fazia estágio não remunerado na Casa Branca quando Clinton começou a se interessar por ela. Os detalhes íntimos da relação extraconjugal do presidente (graças às gravações feitas no Salão Oval) chocaram a opinião pública americana - apesar de Clinton já ter fama de, digamos, mulherengo. Por pouco, o então presidente dos Estados Unidos não perde seu posto - e as atuais palestras milionárias. Em 12 de fevereiro de 1999, o Senado rejeitou o processo de impeachment contra Clinton
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5. Sílvio Berlusconi: efeito bunga bunga nas urnas municipais
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5/10 (Giorgio Cosulich/Getty Images)
“Bunga bunga” passou a ser uma expressão mundialmente conhecida desde que estourou o escândalo envolvendo o presidente italiano, Silvio Berlusconi, no fim do ano passado. O termo exótico ganhou notoriedade com a divulgação de transcrições telefônicas que relacionaram o nome do presidente a organizadores de orgias com jovens, como a menor de idade Karima El Mahrug, a Ruby.
Devido ao “Rubygate”, Berlusconi está sendo investigado por relações sexuais com menores e uso de drogas nas famosas festas em suas residências. O “bunga bunga” é dito, inclusive, como uma brincadeira ensinada por Kadafi, ditador líbio.
Em resposta às acusações, o presidente italiano diz que “melhor gostar de garotinhas bonitas do que ser gay”. Os resultados preliminares das eleições municipais divulgados nessa segunda 16 de maio mostram que o poder de Berlusconi está em baixa. Segundo os dados, seu partido perdeu domínio nas principais cidades italianas.
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6. Tiger Woods: divórcio e prejuízo milionário
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6/10 (Stephen Dunn/Getty Images)
Um acidente de carro foi o estopim para uma temporada de más notícias para a carreira do golfista mais famoso do mundo, Tiger Woods. No fim de 2009, Woods teve que admitir adultério, responder ao divórcio e suspender a participação nos torneois para se submeter a tratamento em uma clínica para dependentes de sexo. Com o escândalo, o golfista registrou o seu primeiro ano sem título profissional e perdeu, também pela primeira vez, o posto de número 1 do mundo para o inglês Lee Westwood. Tiger Woods só voltou aos torneios em abril de 2010, mas o episódio foi o suficiente para ele ter prejuízo com os patrocinadores. Com medo da exposição negativa, a Gatorade, marca que pertence à Pepsi, a AT&T e Accenture rescindiram contrato com o atleta.
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7. Harry Stonecipher: caso extraconjugal acabou com carreira na Boeing
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7/10 (Getty Images)
Uma denúncia anônima foi o estopim para o fim da carreira de Harry Stonecipher, então CEO, na Boeing. Ele mantinha um caso extraconjugal com uma executiva da empresa. Apesar da funcionária não ser diretamente subordinada a ele, a empresa considerou que o comportamento era inadequado para o código de conduta da companhia e que o relacionamento poderia prejudicar a capacidade de julgamento do CEO.
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8. John Ensign: Casa Branca virou miragem
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8/10 (Wikimedia Commons)
Senador pelo estado de Nevada, nos Estados Unidos, John Ensign, era visto como uma promessa de futuro candidato do Partido Republicano à Casa Branca. O plano foi por água abaixo após acusações de que o senador teria um caso com a mulher de um assesor e investigações de que teria tentado "comprar" o marido traído para que o escândalo não viesse a público. Veterinário e membro da ala mais conservadora do Senado, Ensign é acusado de ter tido um caso com Cynthia Hampton, amiga da família e mulher de um dos seus assessores mais leais (até então), Doug Hampton. Hampton ameaçou tornar o caso público após ser demitido e a comissão de ética do Senado começou a investigar a tentativa de compra do silêncio do ex-assessor por parte do gabinete de Ensign. Para pôr fim ao episódio, o senador renunciou no início deste mês.
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9. Eliot Spitzer: gastos milionários com prostitutas
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9/10 (Wikimedia Commons)
Os escândalos não ficam apenas no lado do Partido Republicano nos Estados Unidos. O democrata Eliot Spitzer, ex-governador de Nova York, foi levado a renunciar ao cargo em 2008 após vir à tona a notícia de que ele era cliente de uma rede de prostituição de luxo. O jornal New York Times publicou na época uma reportagem relatando que autoridades americanas investigavam o relacionamento do governador com prostitutas. Uma conversa de Spitzer contratando os serviços de uma garota de programa chegou a ser gravada. Casado e pai de três filhas, Spitzer pediu desculpas por ter violado suas "obrigações familiares" e renunciou ao cargo de governador.
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10. Zélia Cardoso de Mello: affair detona imagem de Margaret Thatcher tupiniquim
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10/10 (Antonio Millena/Veja)
A inflação se tornou tema em segundo plano quando, em 1990, foi anunciada a paixão entre dois ministros do Planalto Central. A então ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, não fez questão de esconder o romance com Bernardo Cabral, ministro do Justiça. Depois de um início às escondidas e com direito a bilhete trocado em reunião ministerial, que descrevia a saia de Zélia como "deliciosa", os dois protagonizaram uma dança ao som do bolero "Besame Mucho" em frente aos convidados do aniversário da ministra. O caso veio a público e desgastou ainda mais a imagem do Governo Collor, forçando Cabral a deixar o Ministério. Zélia, até então tida como a Margaret Thatcher brasileira, se afastou da vida pública e se revelou uma dama não-feita de ferro, com o romance contado em programas de entrevistas na TV e em livro.