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Retirada de rebeldes de Homs não tem data, diz governador

Saída de rebeldes da cidade é parte de acordo com as forças do governo, mas ainda pode levar dias para ser acertada

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 11h37.

Beirute - A data para a saída dos rebeldes da cidade de Homs, no centro da Síria, como parte de um acordo com as forças do governo, não foi definida e ainda pode levar dias para ser acertada, disse o governador da província nesta terça-feira.

A retirada dos rebeldes de Homs, uma cidade que já foi chamada de "a capital da revolução", representa uma grande vitória simbólica para o presidente sírio, Bashar al-Assad, mas tem sido adiada desde o cessar-fogo acordado na sexta-feira.

Os rebeldes se mantêm na parte antiga da cidade e várias outras áreas, apesar de estarem sem suprimentos, desarmados e submetidos ao cerco das forças de Assad há mais de um ano.

O governador de Homs, Talal Barazi, disse que os arranjos para qualquer retirada levariam tempo e se recusou a dizer quando seria provável que isso ocorra. "As condições são favoráveis e o ambiente é adequado para alcançar passos positivos em direção a acordos e reconciliação e à saída de grupos armados, mas ainda não definimos uma data", disse ele à televisão Al Manar, dirigida pelo Hezbollah, aliado a Assad. "Os próximos dias irão testemunhar, se Deus quiser, passos nessa direção, e nós esperamos que haja uma data em breve", acrescentou. A maioria dos rebeldes que lutam para derrubar Assad é muçulmano sunita, enquanto os aliados do presidente incluem o xiita Irã e o movimento xiita libanês Hezbollah. Assad é alauíta, uma ramificação do islamismo xiita.

O grupo Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, disse que a ONU e os conselhos locais tinham mediado as negociações entre os grupos rebeldes de um lado e as forças do governo, as milícias, o Hezbollah e o governo da província, de outro.

Mais de 150.000 pessoas já morreram na rebelião contra Assad. Milhões fugiram de suas casas e o governo perdeu o controle de faixas de território em todo o norte e leste. Os conflitos matam regularmente mais de 200 pessoas por dia no país.

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