ALEPO: comissário da ONU para direitos humanos afirma que os bombardeios constituem “crimes de proporções históricas” / Abdalrhman Ismail/ Reuters
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2016 às 17h04.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h54.
Gigante do tabaco
A fabricante de cigarros British American Tobacco (BAT) ofereceu 47 bilhões de dólares pela compra da fabricante americana Reynolds. A compra traria a BAT de volta para o mercado norte-americano depois de 12 anos fora e também garantiria a operação de marcas como Camel. A BAT, que atualmente fabrica o cigarro Lucky Strike, é a controladora da Souza Cruz no Brasil. A BAT já é dona de 42% da Reynolds, mas uma compra total dos ativos da companhia criaria uma gigante do setor, com atividades tanto em países em desenvolvimento, quanto no mercado dos Estados Unidos.
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Mais uma de Duterte
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, disse que não pretende cortar relações com os Estados Unidos, pensando no melhor interesse de seu país. A fala acontece após Duterte ter declarado, em viagem à China, que “pretendia se separar dos Estados Unidos economicamente e militarmente”. Embora o mandatário tenha esclarecido a questão, ele continua com sua série de frases polêmicas contra a América, dizendo que “nunca irei visitar aquele país neste tempo de vida” e afirmando que o presidente Barack Obama é um “filho da p****”.
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Espionagem aprovada
O parlamento alemão aprovou uma lei controversa que regulamenta a espionagem de instituições e indivíduos estrangeiros dentro e fora da Alemanha. A medida aumenta o controle do Legislativo sobre a BND, agência de espionagem do país. Segundo o governo, a medida é necessária para prevenir ataques terroristas e detectar extremistas. A oposição ameaça recorrer na Suprema Corte da Alemanha e na Corte de Justiça Europeia, dizendo que a medida infringe o direito à privacidade.
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Proporções históricas
O alto comissário da ONU para direitos humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein afirmou que os bombardeios e o cerco à região oriental de Alepo, na Síria, constituem “crimes de proporções históricas”. Durante sua fala em uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, Zeid afirmou ainda que as potências mundiais precisam colocar de lado suas diferenças e tratar da situação da Síria no Tribunal Penal Internacional. “O fracasso coletivo da comunidade internacional de proteger civis e por um fim a esse massacre devia assombrar todos nós”, disse por videoconferência.
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No fronte iraquiano
O Estado Islâmico atacou edifícios do governo iraquiano na cidade de Kirkuk, além de uma central elétrica nesta sexta-feira. Não há dados definitivos sobre a quantidade de mortos. Segundo a agência de notícias Reuters, 18 pessoas foram mortas. Os ataques terroristas ocorrem em meio a uma ofensiva do governo iraquiano para retomar a cidade de Mosul, considerada essencial na batalha contra os extremistas.
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Tchau, tribunal
A África do Sul decidiu abandonar o Tribunal Penal Internacional (TPI) por considerar que a maneira que o país pratica a resolução pacífica de conflitos é incompatível com a interpretação do tribunal. “A República da África do Sul se retira do TPI, uma retirada que será efetiva em um ano, a partir da data em que o secretário-geral da ONU receber esta carta”, afirma a ministra sul-africana das Relações Exteriores, Maite Nkoama-Mashabane, em documento enviado à ONU. A decisão vem após uma divergência no ano passado, quando o país permitiu que o presidente sudanês Omar al Bashir participasse de uma reunião da União Africana, apesar de ordem de prisão do TPI contra ele.