O presidente Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump, principais competidores das eleições 2024 (Jim Watson e Kamil Krzaczynski/AFP)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 6 de março de 2024 às 18h05.
A desistência de Nikki Haley, anunciada nesta quarta-feira, 6, marca o fim da disputa das primárias. Como Donald Trump não tem mais rivais do partido na campanha, agora poderá se concentrar na disputa com o presidente Joe Biden, com quem deverá fazer a disputa final nas eleições de novembro. E os resultados até agora trazem alguns alertas para a campanha do republicano.
Haley desistiu após perder em 14 dos 15 estados que tiveram votação republicana na Super Terça. Ela venceu apenas em Vermont. Ao anunciar a desistência, ela não endossou Trump e disse que agora cabe ao ex-presidente conquistar os eleitores que ainda não o apoiam.
"Haley foi muito bem votada nas grandes capitais e regiões metropolitanas, onde tem grande concentração de gente com ensino superior. Trump teve resultados espetaculares nas cidades pequenas e médias, mas o grande alerta para a campanha de Trump é que Haley teve um desempenho muito bons nos subúrbios, as regiões que estão entre as metrópoles e as cidades pequenas e médias", analisa Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington. o programa "O Caminho para a Casa Branca". Assista a íntegra abaixo e ouça também no Spotify.
"O grande desafio de Trump é justamente reconquistar os eleitores dos subúrbios, onde se concentram muitos independentes. A estratégia que funcionou até agora para Trump, de ativar a base republicana, que foi exitosa nas primárias, tem altíssimo risco na campanha geral", aponta Moura.
"O Caminho para a Casa Branca" é um programa co-produzido pela Exame e pela Gauss Capital. Veja os programas anteriores no canal do YouTube da EXAME.