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Resultados completos das eleições voltam a ser adiados na Tailândia

O partido antimilitar Puea Thai ("Para os Tailandeses") lidera o número de cadeiras no parlamento

Mais de 65% dos 51 milhões de tailandeses participaram das eleições (Athit Perawongmetha/Reuters)

Mais de 65% dos 51 milhões de tailandeses participaram das eleições (Athit Perawongmetha/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de março de 2019 às 10h02.

Bangcoc — A Comissão Eleitoral da Tailândia voltou a atrasar nesta segunda-feira o anúncio dos resultados completos das eleições de domingo após garantir que o partido antimilitar Puea Thai ("Para os Tailandeses") lidera o número de cadeiras no parlamento.

Com 350 das 500 cadeiras em disputa, o Puea Thai conseguiu 138, seguido do pró-militar Phalang Pracharat (96), do Bhumjaithai (39), do Partido Democrata (33) e do emergente Anakot Mai ("Novo Futuro"), que conseguiu 30 assentos, informou o órgão eleitoral em seu site.

Essas cadeiras estão distribuídas por distritos, enquanto as outras 150 sairão das listas dos partidos.

A Comissão, que já adiou o anúncio dos resultados no domingo durante a noite, também não revelou a apuração total de votos.

Momentos antes do anúncio da Comissão Eleitoral, o Puea Thai, o partido da Tailândia derrubado no golpe de Estado de 2014 e principal opositor da junta militar, se proclamou vencedor das eleições e afirmou que buscará formar governo junto com outros partidos favoráveis à democracia.

Sudarat Keyuraphan, candidata a primeira-ministra, disse que sua legenda obteve a maioria das cadeiras nas eleições deste domingo.

O Puea Thai, vinculado à família Shinawatra, o clã vencedor de todas as eleições desde 2001, tem a "confiança do povo", segundo a líder, que acrescentou que buscará "aliados" contra o atual primeiro-ministro e líder do grupo pró-militar Phalang Pracharat, o general golpista Prayut Chan-ocha.

Sudarat criticou o órgão eleitoral e o processo pouco "transparente" no qual ocorreu a votação ontem e que, na sua opinião, cria "desconfiança" na comunidade internacional e no próprio povo tailandês.

O próximo líder será escolhido na votação em maio entre os 500 parlamentares escolhidos nas eleições, além dos 250 senadores, que foram indicados a dedo pela junta militar que governa o país desde o golpe de Estado de 2014.

Mais de 65% dos 51 milhões de tailandeses compareceram às urnas para depositar seus votos, segundo dados da Comissão Eleitoral.

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