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Resposta do Irã à morte de líder do Hamas ainda não aconteceu – mas pode vir a qualquer momento

Enquanto isso, Israel e aliados ganham tempo para mapear possíveis ações de Teerã

Regime dos aiatolás pode atacar infraestrutura ou provocar uma ação cibernética (Rob Stothard/Reuters Business)

Regime dos aiatolás pode atacar infraestrutura ou provocar uma ação cibernética (Rob Stothard/Reuters Business)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 15 de agosto de 2024 às 07h22.

Última atualização em 15 de agosto de 2024 às 07h23.

Duas semanas após o Irã prometer retaliar Israel pelo assassinato do líder Hamas, Ismail Haniyeh, em solo iraniano, a ação ainda não ocorreu, o que causa suspense. Os EUA disseram que o contra-ataque de Teerã "poderia acontecer a qualquer momento".

A preocupação é de uma escalada de tensão regional entre duas das principais peças diplomáticas do Oriente Médio - lembrando que temos a crise na Faixa de Gaza ainda.

Como o ataque iraniano ainda não aconteceu, autoridades ocidentais conseguiram tempo para rastrear eventuais movimentos de forças do país persa em Síria, Líbano e Iêmen.

Uma autoridade ocidental disse sob anonimato à Bloomberg que um ataque poderia ter como alvo a infraestrutura civil ao redor da cidade israelense de Haifa, evitando vítimas civis - o que desencadearia uma resposta firme israelense. Essa pessoa disse que o ataque pode vir de representantes iranianos e não do próprio Irã.

Outra opção seria um ataque mais intensivo do que aquele que o Irã lançou em abril, com centenas de mísseis e drones e que foram abatidos ou desviados por Israel e seus aliados.

Um ataque mais amplo poderia incluir as usinas de dessalinização de Israel ou o reator nuclear ou instalações militares do país. O Irã também poderia lançar um ataque cibernético que poderia paralisar Israel sem disparar um único míssil.

As forças israelenses estão em alerta máximo. O país ativou um bunker de comando sob as colinas de Jerusalém e Netanyahu disse que seu país está pronto para "qualquer cenário".

Israel, vale lembrar, não assumiu a responsabilidade pelo assassinato do líder do Hamas Ismail Haniyeh em 31 de julho. Teerã disse que o assassinato foi obra de Israel. O líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, prometeu "punir severamente" Israel.

Numa tentativa de acalmar os ânimos, Irã e EUA disseram que um cessar-fogo em Gaza teria um efeito cascata de diminuir tensões na região. Outra rodada de negociações para uma suspensão da violência em Gaza acontece nesta quinta-feira, no Catar. O gabinete de Netanyahu confirmou que uma delegação israelense iria para Doha. O Hamas ainda não se comprometeu a comparecer.

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