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Responsável por massacre afegão pode ser condenado à morte

O sargento será julgado nos EUA, provavelmente por uma corte marcial, que tem 'meios severos para enfrentar os crimes', afirmou o porta-voz do Pentágono

'Saiu de manhã muito cedo, foi a essas casas e disparou contra essas famílias. Depois, voltou à base de operações e basicamente se entregou', disse Panetta (Pablo Martinez Monsivais/ AFP)

'Saiu de manhã muito cedo, foi a essas casas e disparou contra essas famílias. Depois, voltou à base de operações e basicamente se entregou', disse Panetta (Pablo Martinez Monsivais/ AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 07h29.

Washington - O soldado americano que no último domingo matou 16 civis no Afeganistão pode enfrentar a pena de morte se for condenado nos Estados Unidos, segundo disse nesta segunda-feira o secretário de Defesa americano, Leon Panetta.

'Meu entendimento é que, nestes casos, isso seria considerado', afirmou Panetta, segundo o diário 'Los Angeles Times'.

O soldado, cuja identidade não foi divulgada, se entregou voluntariamente a seus superiores e explicou a eles o ocorrido, assegurou Panetta, que falou aos jornalistas dentro do avião no qual viaja ao Quirguistão.

'Saiu de manhã muito cedo, foi a essas casas e disparou contra essas famílias. Depois, voltou à base de operações e basicamente se entregou', assinalou o chefe do Pentágono.

O autor do massacre é um sargento de 38 anos que chegara ao Afeganistão em dezembro passado, embora já tivesse uma experiência prévia no Iraque.

Segundo indicou à 'CNN' um funcionário do Departamento de Defesa americano, o sargento era um franco-atirador de infantaria treinado para atirar em alvos a 800 metros de distância.

Durante sua estadia no Iraque em 2010, sofreu um acidente de automóvel que o deixou com uma lesão cerebral traumática, segundo a cadeia.

No entanto, após ser tratado do ferimento, foi autorizado a voltar ao serviço militar, sendo enviado ao Afeganistão.

O porta-voz do Pentágono, George Little, assinalou nesta segunda-feira que o sargento será julgado nos EUA, provavelmente por uma corte marcial, que tem 'meios severos para enfrentar os crimes'.

'O soldado nunca esteve sob custódia das forças afegãs e não enfrentará um castigo sob o sistema de defesa afegão', detalhou Little.

O incidente agravou o mal-estar da população local com as tropas dos Estados Unidos, que há algumas semanas queimaram exemplares do Alcorão na principal base da Otan em solo afegão. 

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