Carros são queimados em frente ao consulado americano: Bacile disse que o filme custou 5 milhões de dólares, sendo parte paga por mais de 100 doadores judeus (AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2012 às 15h45.
O israelense Sam Bacile, morador da Califórnia cujo filme atacando o profeta Maomé desencadeou um ataque letal a diplomatas norte-americanos na Líbia, estaria escondido, informou a Associated Press.
O escritor e diretor Sam Bacile falou por telefone com a AP a partir de um local secreto na terça-feira depois que seu filme, "Innocence of Muslims", aparentemente alimentou a ira que custou a vida do embaixador dos EUA e de outros três diplomatas na Líbia. A missão dos EUA no Cairo também foi alvo dos manifestantes, que queimaram uma bandeira norte-americana.
A Reuters não conseguiu localizar Bacile para comentar o assunto.
Bacile, de 56 anos, é um incorporador imobiliário na Califórnia, que se descreve como um judeu israelense, disse a AP.
"Este é um filme político", afirmou Bacile à AP. "Os EUA perderam muito dinheiro e muitas pessoas em guerras no Iraque e no Afeganistão, mas estamos lutando com ideias." O filme retratou Maomé como um tolo, um mulherengo e um falso religioso. Em um clipe postado no YouTube, Maomé foi mostrado em um aparente ato sexual com uma mulher. Para muitos muçulmanos, já é considerado uma blasfêmia mostrar uma representação do profeta.
Bacile disse que o filme custou 5 milhões de dólares, sendo parte paga por mais de 100 doadores judeus, segundo a AP.