Tailândia: crianças rezam para os estudantes que estão presos dentro de uma caverna inundada. Oito meninos já foram resgatados (Amit Dave/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de julho de 2018 às 14h22.
Última atualização em 9 de julho de 2018 às 14h25.
Mae Sai - As autoridades da Tailândia deram por concluídas nesta segunda-feira as operações de resgate das cinco pessoas que continuam presas em uma caverna no norte do país, depois de ter conseguido retirar oito meninos nos últimos dois dias.
"Alguns dos trabalhadores precisam descansar, enquanto outros se encarregarão de preparar a jornada seguinte", indicou aos veículos de imprensa Narongsak Ossottanakorn, porta-voz das equipes de resgate, que agradeceu o esforço das mais de 100 pessoas que participam da operação de salvamento dos menores e de seu monitor.
Quatro crianças foram resgatadas hoje e outras quatro ontem. Os oito meninos estão internados com boas condições de saúde no hospital de Chiang Mai, disse Ossottanakorn.
A missão desta segunda-feira transcorreu "mais rápido do que o esperado" e foi completada em nove horas, nas quais os especialistas percorreram o caminho de ida até a gruta onde se encontra o grupo e retornaram com quatro dos crianças.
Assim como ontem, os meninos saíram de maneira escalonada; o primeiro deixou a gruta às 16h45 (horário local, 6h45 em Brasília) e o último saiu duas horas depois.
As autoridades analisam as previsões meteorológicas para a próxima tentativa de resgate dos quatro estudantes e seu treinador que ainda se encontram presos a quatro quilômetros de profundidade dentro da caverna.
Se continuar neste ritmo, as autoridades estimam que podem completar o resgate entre terça e quarta-feira.
"Este incidente deve servir de exemplo para as crianças sobre a importância da segurança", afirmou o porta-voz tailandês.
A chegada no sábado passado de um temporal à região e que permanecerá durante grande parte da semana marcou o início da operação de resgate.
As chuvas são uma das principais preocupações das autoridades, pois a água pode voltar a inundar as galerias e anular a drenagem efetuada desde que foram encontrados com vida os 12 estudantes, de 11 a 16 anos, e seu tutor, de 26.
Ossottanakorn disse que uma equipe de militares trabalha bloquear a entrada de água para os túneis subterrâneos.