Chuck Hagel: com Chuck Hagel à frente da Defesa dos Estados Unidos, "a opção militar terá uma credibilidade quase zero", ressaltaram (AFP/ Saul Loeb)
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 20h18.
Washington - Um grupo de 15 senadores republicanos escreveu nesta quinta-feira ao presidente Barack Obama para pedir a retirada da candidatura de Chuck Hagel ao Pentágono, enquanto outras autoridades do partido sugeriram que o Senado irá confirmá-lo no cargo na próxima semana.
"Embora respeitemos o serviço prestado por Chuck Hagel no Exército, no interesse da segurança nacional pedimos respeitosamente que retire a sua candidatura", escreveram os legisladores para o presidente, entre eles o número dois do bloco de oposição, John Cornyn, e a estrela do partido, Marco Rubio.
"As posições contraditórias do senador Hagel e suas várias declarações sobre as principais questões de segurança nacional já eram inquietantes, mas suas declarações sobre o Irã foram desconcertantes", disseram, referindo-se a conturbada apresentação do candidato perante o Congresso.
Com Chuck Hagel à frente da Defesa dos Estados Unidos, "a opção militar terá uma credibilidade quase zero", ressaltaram, acusando o candidato de Barack Obama de defender uma posição pacifista ante a suposta ameaça nuclear de Teerã.
Mas os objetivos deste grupo de senadores parecem longe de ser alcançados. Vários republicanos influentes, incluindo John McCain, que não assinou a carta a Obama, anunciaram que não dificultariam a confirmação de Hagel.
A reação do governo não demorou. "Acreditamos firmemente que o senador Hagel será confirmado", disse Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, esta quinta-feira.
"Esta perda de tempo tem suas consequências. Temos 66.000 soldados no Afeganistão e temos necessidade de ter nosso novo secretário em seu cargo", expressou.
Barack Obama nomeou Chuck Hagel em janeiro para suceder Leon Panetta, mas essa opção provocou uma verdadeira batalha no Congresso americano. O ex-senador é criticado por aqueles que eram seus colegas por inúmeras declarações sobre o Irã, Israel e a guerra com o Iraque.
Em 14 de fevereiro, a minoria republicana no Senado conseguiu bloquear temporariamente a confirmação de Hagel, mas a menos que algo surpreendente aconteça, o candidato deverá ser ratificado no cargo na próxima terça-feira, quando uma nova eleição ocorrerá.