Imigrantes: Trump diz que medida é essencial para interromper os fluxos migratórios aos EUA (Jose Luis Gonzalez/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de junho de 2018 às 20h26.
São Paulo - Senadores republicanos pediram nesta terça-feira a suspensão da política de separação de pais imigrantes de seus filhos na fronteira com o México, imposta desde maio pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A carta foi assinada por 13 dos 51 parlamentares do partido.
"Nós apoiamos os esforços do governo para modificar nossas leis de imigração, mas nós não podemos apoiar a implementação da política que resulte na separação forçada de crianças menores de idade de seus pais", disse a carta, destinada ao procurador-geral americano, Jeff Sessions.
Entre os apoiadores, está o ex-candidato republicano à Casa Branca John McCain (Arizona), que foi derrotado em 2008 pelo democrata Barack Obama e é um dos principais opositores a Trump no Partido Republicano.
O movimento dos senadores ocorre em meio ao aumento da comoção pública contra a política de "tolerância zero", que determina que os imigrantes maiores de idade sejam presos e enfrentem um processo criminal, e que os menores sejam levados a abrigos. Há no Congresso projetos de lei que tentam resolver o impasse.
Trump defende a política, ao dizer que a medida é essencial para interromper os fluxos migratórios aos EUA. Já Sessions usa até de citações da Bíblia para justificar a medida.
Além de McCain, subscrevem o documento Orrin Hatch (Utah), Pat Roberts (Kansas), Susan Collins (Maine), Lisa Ann Murkowski (Alasca), Bob Corker (Tennessee), Lamar Alexander (Tennessee), John Boozman (Arkansas), Dean Heller (Nevada), James Lankford (Oklahoma), Cory Gardner (Colorado), Bill Cassidy (Luisiana) e Rob Portman (Ohio).