FBI: defensores da privacidade repudiaram a iniciativa, dizendo que ela tenta explorar um assassinato em massa para ampliar os poderes de espionagem digital (Jim Young / Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2016 às 09h38.
Washington - O líder da maioria republicana no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, defendeu na noite de segunda-feira a votação de uma medida que amplia a autoridade do FBI para que a polícia federal norte-americana possa usar uma ordem de vigilância sigilosa sem mandato para monitorar dados de e-mails e algumas informações sobre o histórico de navegação na internet.
A medida, levada a cabo através de uma emenda em um projeto de lei de destinação de fundos para a justiça criminal, é um esforço dos republicanos do Senado para reagir ao massacre da semana passada na casa noturna Pulse, em Orlandon depois que uma série de medidas propostas pelos dois partidos norte-americanos, o Democrata e o Republicano, para restringir o acesso às armas fracassou na segunda-feira.
"À luz do massacre trágico de Orlando, é importante que nossos agentes da lei tenham as ferramentas que precisam para realizar investigações de contraterrorismo", disse o senador John McCain, republicano do Arizona e patrocinador da emenda, em um comunicado.
O projeto de lei também tem o apoio dos senadores republicanos John Cornyn, Jeff Sessions e Richard Burr, este último presidente do Comitê de Inteligência do Senado.
Defensores da privacidade repudiaram a iniciativa, dizendo que ela tenta explorar um assassinato em massa para ampliar os poderes de espionagem digital do governo.
O senador Ron Wyden, democrata do Oregon, criticou um esforço semelhante no mês passado, dizendo que ele "afronta proteções importantes para a liberdade da América".