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Reprimir dissidentes na Venezuela não resolverá agitação, diz ONU

Os protestos na Venezuela completam hoje um mês, com um saldo de 29 mortos, 500 feridos e centenas de detidos.

Protestos na Venezuela: oposição e setores afins ao governo pediram a seus respectivos simpatizantes que saiam às ruas para participar de novas marchas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Protestos na Venezuela: oposição e setores afins ao governo pediram a seus respectivos simpatizantes que saiam às ruas para participar de novas marchas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de maio de 2017 às 10h06.

Genebra - O alto comissionado da ONU para os Direitos Humnos, Zeid Ra'ad al Hussein, afirmou nesta segunda-feira que a via pela qual optou o Governo de Venezuela de "reprimir as vozes dissidentes, não resolverá a agitação" nas ruas e as razões dos protestos.

Zeid considerou que os elementos mais alarmantes da situação da Venezuela são o aumento da violência, as ações de grupos armados pró-governamentais e a estendida falta de confiança no governo e no poder judiciário.

"Em nossa opinião, as ameaças de se desvincular da Organização de Estados Americanos (OEA) também não são uma estratégia para recuperar a estabilidade e a paz", declarou Zeid em uma coletiva de imprensa na qual revisou as situações mais preocupantes de direitos humanos no mundo.

O organismo dirigido por Zeid não tem nenhum acesso à Venezuela, apesar de várias vezes ter solicitado ao governo a emissão de vistos correspondentes a seus especialistas para que avaliem diretamente a situação de direitos humanos no país.

A última petição nesse sentido foi formulada em outubro, sem nenhum resultado.

Zeid explicou que desde que assumiu seu mandato, no final de 2014, transmitiu em vão ao então governo de Hugo Chávez seu desejo de visitar a Venezuela.

Sobre a possibilidade de seu escritório oferecer uma mediação na atual crise da Venezuela, o alto comissionado disse que seria a favor se o governo estivesse de acordo om isso.

A OEA tentou no passado exercer essa função, mas sua relação com o Governo de Nicolás Maduro se degradou fortemente nos últimos meses.

Os protestos na Venezuela completam hoje um mês, com um saldo de 29 mortos, 500 feridos e centenas de detidos.

Tanto a oposição como os setores afins ao governo pediram a seus respectivos simpatizantes que saiam às ruas para participar de novas marchas.

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