Enviado conjunto da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, se reuniu hoje com o líder Bashar al-Assad (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2012 às 12h42.
Cairo, 10 mar (EFE).- Pelo menos 31 pessoas morreram vítimas da repressão do regime de Bashar al-Assad em diversos locais da Síria, onde neste sábado o enviado conjunto da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, se reuniu com o líder do país.
O grupo opositor Comitês de Coordenação Local indicou que a área mais atingida foi a província de Idlib, na fronteira com a Turquia, com 19 mortos - 16 em uma emboscada das tropas leais ao regime, na cidade de Jisr esh Shogur, e 3 na capital homônima da província, depois de soldados do regime invadirem suas casas.
Entre as demais vítimas, 8 morreram em Deraa - 5 deles soldados desertores fuzilados pelo Exército -, 3 na periferia de Damasco e 1 na província de Homs.
Enquanto isso, forças rebeldes disseram ter derrubado um helicóptero militar e destruído dois tanques do Exército do regime, em uma região montanhosa do norte da província de Idlib.
Annan se reuniu neste sábado na capital com o presidente Assad, em um encontro que transcorreu em 'um ambiente positivo', segundo informou a agência de notícias oficial síria, 'Sana'.
A organização opositora acrescentou que, nessa cidade, vários imóveis foram destruídos pelos bombardeios das forças governamentais contra as áreas de Sheikh Zulz e no bairro da Universidade, enquanto helicópteros do Exército sobrevoavam os locais.
Essas informações não puderam ser checadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime ao trabalho dos jornalistas.
Annan iniciou conversas com Assad para tentar estabelecer bases a um diálogo entre as partes envolvidas no conflito político interno. Enquanto isso, no Cairo, os ministro das Relações Exteriores da Liga Árabe se reúnem neste sábado com o chanceler russo, Sergei Lavrov, que insiste na rejeição a uma hipotética intervenção militar estrangeira na Síria.
Segundo dados da ONU, mais de 7,5 mil pessoas morreram na Síria desde o início dos protestos há um ano, mas os opositores elevam esse número a mais de 8,5 mil. EFE