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Repressão das forças de segurança causa mais 2 mortes na Síria

O regime de Assad prossegue com sua ofensiva militar para aplacar os protestos e já causou a morte de mais de duas mil pessoas

Para grupos opositores, o regime sírio produziu outro banho de sangue (Getty Images)

Para grupos opositores, o regime sírio produziu outro banho de sangue (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2011 às 14h42.

Cairo - Pelo menos duas pessoas morreram nesta sexta-feira por disparos das forças de segurança sírias nas províncias de Rif Damasco (leste) e Idleb (nordeste), depois que ontem o regime sírio produziu outro banho de sangue, indicaram vários grupos opositores.

Em comunicado, o presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abdul Rahman, explicou que as forças da ordem irromperam durante a madrugada na cidade de Sakba, em Rif Damasco, e causaram a morte de um homem.

A vítima foi baleada quando participava de uma manifestação contra o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, depois da reza da madrugada, segundo os Comitês de Coordenação Local.

Além disso, pelo menos três pessoas ficaram feridas pelos disparos das forças da ordem, que também promoveram detenções arbitrárias.

Outras localidades de Rif Damasco, como Dumair e Darya, também foram afetadas pela ofensiva. Disparos são ouvidos enquanto os corpos de segurança patrulham as ruas e estabelecem pontos de controle.

O Observatório Sírio informou ainda que uma mulher morreu por disparos depois que dezenas de carros de combate e veículos blindados entraram na cidade de Jan Shijon, na província de Idleb.

Na noite de ontem, segundo os Comitês, pelo menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas quando as forças de ordem e os "shabiha" (pistoleiros do regime sírio) atacaram a casa da família Tash na localidade de Bayada, em Homs.

Esta província foi cenário ontem de uma cruel repressão, concentrada na localidade de Ksir, onde faleceram pelo menos 12 pessoas.

Alheio à pressão internacional, o regime de Assad prossegue com sua ofensiva militar para aplacar os protestos, nos quais já faleceram mais de duas mil pessoas, segundo os grupos opositores e de direitos humanos.

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