The New York Times: caso que se tornou um marco da liberdade de imprensa (Ramin Talaie/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 20h47.
Washington - Um juiz federal ordenou nesta terça-feira que o repórter do jornal The New York Times James Risen compareça diante de um tribunal para responder perguntas sobre seu livro que detalha um esforço fracassado da Agência Central de Inteligência (CIA) para conter o programa de armas nucleares do Irã, em um caso que se tornou um marco da liberdade de imprensa.
Embora Risen tenha mantido uma posição firme em não revelar a identidade de suas fontes, promotores norte-americanos disseram em uma ação apresentada nesta terça-feira que irão tentar questionar Risen se ele tinha um acordo de confidencialidade com o indivíduo que forneceu algumas informações para o livro de 2006 intitulado "State of War".
Eles também disseram que irão perguntar ao repórter se ele tinha um "relacionamento anterior não confidencial repórter-fonte" com o ex-agente da CIA Jeffrey Sterling, que está enfrentando julgamento por acusações de vazamento de informações para Risen.
Em uma breve audiência nesta terça-feira em Alexandria, na Virginia, a juíza Leonie Brinkema ordenou que Risen compareça ao tribunal em 5 de janeiro para discutir quais perguntas ele responderia dos dois procuradores e advogados de defesa de Sterling.
Um advogado de Risen disse que seu cliente irá à audiência agendada para janeiro se os promotores emitirem uma intimação para o seu comparecimento, o que os promotores concordaram em fazer.
A Reuters e outros meios de comunicação, citando uma fonte familiarizada com a decisão, informaram na semana passada que o procurador-geral, Eric Holder, decidiu não forçar Risen a divulgar a identidade de uma fonte confidencial, depois de o repórter ter se recusado e correr o risco de ser preso.