Matteo Renzi, líder do centro-esquerdista Partido Democrático (PD): deve assumir como novo primeiro-ministro (Giorgio Perottino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2014 às 13h53.
Roma - O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, convocou reunião para amanhã, às 10h30 locais (6h30 de Brasília) com o secretário do Partido Democrata (PD), Matteo Renzi, de 39 anos, para encarregá-lo da missão de assumir o posto de primeiro-ministro e formar o novo governo do país.
Após os diálogos de sábado com lideranças políticas, Napolitano, como se esperava, convocou o jovem prefeito de Florença, mas ainda seja preciso saber quais serão as condições impostas para que ele assuma o governo.
O presidente pode determinar que Renzi realize primeiro uma rodada de consultas para comprovar se conta com os apoios necessários de partidos.
Renzi passou a maior parte do dia em Florença intensificando seus contatos e preparando o programa com o qual tentará conseguir o consenso da centro-direita para poder formar um governo.
Está previsto que Renzi volte a Roma hoje para ter uma primeira reunião com o líder da Nova centro-direita, Angelino Alfano, cuja entrada no governo é vital.
Tudo indica que o procedimento será igual ao de abril do ano passado, quando Enrico Letta foi encarregado de formar o governo.
Renzi terá consultas com algumas forças parlamentares, para depois comparecer novamente perante o presidente com sua resposta definitiva e sua possível lista de ministros.
O presidente do Governo e seus ministros terão depois que comparecer ao Quirinale, palácio sede da Chefia de Estado, para jurar sobre a Constituição na presença de Napolitano.
Depois, chegará a fase mais delicada para qualquer governo, tenha ou não saído das urnas: o voto do parlamento.
Renzi apresentará seu discurso programático, que será votado pelo Senado e a Câmara dos Deputados.
Se não houver maiores obstáculos, o juramento dos ministros ocorrerá na quinta ou na sexta-feira.
Antes de assumir o cargo de primeiro-ministro, Renzi terá também que apresentar sua renúncia como prefeito de Florença, um posto que, enquanto são organizadas eleições, será interinamente ocupado por Stefania Saccardi.